LIÇÃO 1 - O QUE É EVANGELIZAÇÃO

INTRODUÇÃO
Neste subsídio discorreremos a cerca de algumas terminologias relativas à evangelização e sobre a origem do evangelismo. E veremos os principais métodos de evangelismo, além de conhecermos algumas atitudes a serem observadas por quem pratica o evangelismo pessoal.

I. DEFININDO OS TERMOS



Evangelização, evangelismo, evangelho e evangelista são termos peculiares do vocabulário do ganhador de almas para o Reino de Deus. Portanto, neste ponto analisaremos sobre essas relevantes palavras.
1. Evangelização.
Evangelização é o esforço conjunto e contínuo da igreja para anunciar o evangelho de Cristo.
a) Evangelização ofensiva e defensiva.
A evangelização defensiva.
Para entendermos este parágrafo é necessário analisarmos algumas passagens bíblicas tais como: Romanos 1.16 que nos diz: "... do Evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus". Paulo estava dizendo que não tinha receio de ir a Roma, para pregar o Evangelho, porque o poder do Evangelho seria seu escudo; nada tinha que temer.

Em Atos 8.3-4 e 9.31 vemos a Igreja sendo perseguida, os crentes sem distinção de sexo, sendo maltratados, aprisionados, porém animados, sempre pregando a mensagem das boas-novas. Era a Igreja marchando, lutando por seu ideal. Eram os crentes depositando confiança nas palavras de Jesus, que disse: "Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos". A Igreja era como soldados avançando sob o comando de Jesus Cristo.
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A evangelização ofensiva.
Além de defesa, o Evangelho é também ataque. É com ele que a Igreja vence os seus inimigos. Quantos que têm se levantado contra a marcha da Igreja?

Têm sido inúmeros os seus inimigos, mas a convicção e confiança da Igreja naquele que a salvou, foi mais forte que o poderio dos imperadores que apareceram em seu caminho. Em Mateus 16.18b temos a resposta do seu triunfo.

2. Evangelismo.
Evangelismo vem da palavra evangelho, cujas raízes são: a palavra grega "evanggelion", que significam boas-novas; e "evangelizo" que significa trazer ou anunciar boas-novas.
A palavra evangelho torna-se mais significativa quando estudamos o verbo hebraico "bissar" que significa "anunciar, contar, publicar".
Este verbo é aplicado em Isaías 41.27; Salmos 40.9,10 e 68.11-12 que proclama a vitória universal de Jeová sobre o mundo. Portanto, evangelismo é anunciar as boas-novas do Senhor Deus, é proclamar o evangelho do Senhor ao povo, concretizado no nascimento e ressurreição de Jesus Cristo (Lc 2.9-11; Mc 16.6-9).
a) Definições práticas.
Evangelismo é:
• A tarefa de testemunhar de Cristo aos perdidos;
• A tarefa de levar homens à Cristo;
• Alistar vidas ao serviço de Cristo;
• É a obra de falar de Cristo aos perdidos individualmente: é leva-los a Cristo, o único Salvador (Jo 1.41,42; At 8.30; At 4.12).
De acordo com essas definições, podemos resumir dizendo que o objetivo do evangelismo não é outro senão informar a respeito do plano de Deus para salvar os pecadores, através de Cristo (At 3.12-26), tirando-os da cegueira espiritual.

b) A finalidade.
Sua finalidade é apresentar ao pecador o Senhor Jesus como o Salvador fiel e compassivo. O evangelismo tem como alvo persuadir o homem quanto a sua triste condição pecaminosa, e mostrar-lhe o caminho da salvação (At 26.25-29).

c) O evangelismo como radiografia.
Evangelismo não é uma simples técnica, mas uma radiografia que localiza e mostra a doença espiritual do pecador, e também nos mostra o cuidado e a provisão de Deus para com a Sua criatura.
Mostra a condição espiritual dos pecadores:
• A cabeça doente (Is 1.5);
• A garganta é um sepulcro (Rm 3.13);
• A boca cheia de maldição (Rm 3.14);
•Olhos altivos (Is 2.11);
• A testa de bronze (Is 48.4-6);
• O coração de pedra (Ez 11.19);
• Pés velozes para derramar sangue (Rm 3.15);
• Muitas feridas e chagas (Is 1.6);
• Mortos no pecado (Ef 2.1).
Mostra o pensamento divino:
• Suas almas têm alto valor (Mc 8.36,37; Lc 15.7,13, 15);
• Estão como ovelhas perdidas (Mt 9.36);
• A volta de Cristo na dependência do evangelismo (Mt 24.14). Jesus deu exemplo (Mt 4.23). Paulo (Rm 10.17-21; Cl 1.23).

d) Por quer evangelizar.
O saudoso e notável pastor Valdir Bícego, deixou registrado algumas respostas para a pergunta em questão. Das quais destaco as seguintes respostas.

O Senhor nos ordenou pregar o evangelho, pois Ele quer que a sua mensagem atinja toda criatura (Mc 16.15), todas as nações (Mt 28.19), todo o mundo (Mc 16.15), todas as aldeias (Mt 9.35), todo lugar (At 17.30).

Ele ... amou o mundo...” (Jo 3.16) e quer que "... homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação” (Ap 5.9) “... venham a arrepender-se" (2Pe 3.9) “... se salvem e venham ao conhecimento da verdade” (1Tm 2.4).

Todos os crentes, sem exceção, receberam esta incumbên­cia do Senhor (1Pe 2.9; Mt 10.8). Alguns receberam a deter­minação de começar a trabalhar de madrugada, outros na terceira hora, isto é, às 9 horas; outros, perto da hora sexta, ou seja, entre 11 e 12 horas; e outros perto da hora undécima, isto é, faltando apenas 1 hora para terminar o dia — os judeus contavam o período diurno das 6 horas da manhã às 6 horas da tarde — (Mt 20.1-6).

2) É uma obrigação de todo salvo.
“... me é imposta esta obrigação; e ai de mim se não anun­ciar o evangelho” (1Co 9.16). Esse texto não significa que o crente deva pregar a Palavra constrangida ou forçada, e sim que, por se tratar de uma testemunha do Senhor Jesus (At 1.8), foi convidado para testificar da sua salvação (At 26.22), a fim de que os que ouvirem seu testemunho possam saber a razão da esperança que há nele (1Pe 3.15).

Somente o crente pode afirmar com convicção quem ele era, quem ele é, e quem ele será, ou seja: era um perdido pecador (Rm 3.23), candidato à morte eterna (Rm 6.23; Ap 21.8) e à condenação (Rm 5.24): porém, hoje, é um pecador remido (Tt 2.14), libertado por Jesus (Jo 8.34); e no futuro, estará eternamente na presença do Senhor (1Ts 4.17), nos céus (Fp 3.20), possuindo um corpo imortal e incorruptível (1 Co 15.51-54).

3) É um dever de todo crente.
“Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus... que pregues a Palavra” (2 Tm 4.1,2). Diante de um mundo tão necessitado da salvação em Cristo, o Mestre nos diz: “... dai-lhes vós de comer” (Mt 14.16); “... Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha” (Mt 21.28): “... de graça recebestes, de graça dai” (Mt 10.8).

O Senhor nos salvou para anunciarmos as suas virtudes (1Pe 2.9), isto é, para pregarmos “... o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15), dando, assim, de graça o que de graça recebemos (Mt 10.8). Se hoje somos salvos é porque alguém sentiu o peso da responsabilidade de nos falar do amor de Deus e nos anunciou o evangelho.

Quando começamos a pensar que outrora éramos pecadores perdidos (Rm 3.23), que estávamos destinados à matança (Pv 24.11,12), isto é, ao lago de fogo do inferno (Ap 20.14,15), onde iríamos padecer eternamente (2Ts 2.3), isto é motivo de despertamento para realizarmos a missão para a qual fomos chamados, e ai de nós se não anunciarmos o evangelho, pois a nós “... é imposta essa obrigação...” (1Co 9.16).

Deus nos tem dado diversos talentos para esse trabalho (Lc 19.12,13) e Ele espera que façamos a obra, pois, sendo longânimo, não quer “... que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se” (2Pe 3.9). Ele “... quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade” (1Tm 2.4). Portanto, amado irmão ou irmã em Cristo, “... Não temas, mas fala e não te cales”, pois Deus tem “... muito povo nesta cidade” (At 18.9,10).

Um dos maiores privilégios do crente é poder cooperar com Deus (Mc 16.20) neste mister de ganhar almas para o seu Reino. Que satisfação! Que alegria! Que exultação é saber que alguém hoje é crente ou que alguém que já partiu para a gloria está salvo porque nós o ganhamos para Cristo! Paulo tinha esta experiência com os irmãos de Tessalônica (1Ts 2.19,20), pois os havia ganho para Cristo (1Ts 2.7-11). O mesmo ele podia dizer a respeito de Tito (Tt 1.4) e de Onésimo (Fm 10).

Que privilégio glorioso é pregar a Palavra, pois fomos escolhidos por Deus para este trabalho (Jo 15.19), e Ele “... pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embai­xadores da parte de Cristo...” (2 Co 5.19,20). Portanto, faça­mos jus a este grande privilégio, levando a mensagem da cruz para as almas perdidas, arrebatando-as do fogo da condenação (Jd 23).

O crente é     descrito na Bíblia como tendo a natureza divina (2Pe 1.41), ou seja, “... o mesmo sentimento que hou­ve também em Cristo Jesus” (Fp         2.5), a mente de Cristo (1Co 2.16), a vida de Cristo (Cl 3.3). E qual é a natureza divina? É certamente o amor (1Tm 4.8), o amor pelas almas (Jo 4.34; 10.15,16).

“O amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5.5) e nos leva a ter grande amor pelas almas perdidas (Rm 9.1-3: 1 0.1-3). E imbuído deste amor que o ganhador de almas chega a fazer-se “tudo para todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns” (1Co 9.19-23). Portanto, a maior prova de que possuímos a natureza de Deus é que queremos ganhar almas para Ele, ainda que para tal tenhamos de colocar em risco a nossa própria vida (At 20.23.24). O Senhor Jesus não hesitou em dar sua própria vida para nos salvar (Jo 10.15-17).

3. Evangelho.
A palavra "evangelho" vem de duas palavras gregas eu, que quer dizer "bom", e de angelia, que significa "mensagem, notícia, novas". Assim, a palavra euuangelion quer dizer "boas novas, notícias alvissareiras". Essa palavra aparece tanto no Antigo Testamento como na literatura extra bíblica.

No hebraico é bessorah (2 Sm 18.20,25, 27; 2 Rs 7.9), que a Septuaginta traduziu por euuangelion.

Originalmente significava "pagamento pela transmissão de uma boa notícia". Com o tempo, passou a ganhar novo significado no mundo romano de fala grega, em virtude do culto ao imperador, pois a palavra euuangelion era usada para anunciar o nascimento deste ou a sua coroação.

a) Ocorrências do vocábulo no Novo Testamento.
Esse vocábulo (euuangelion), que é encontrado 76 vezes em todo o Novo Testamento, só aparece no singular; o verbo euuangelizo, "evangelizar", 54; e euuangelistes, "evangelista", três.
b) O conteúdo do Evangelho.
O Senhor Jesus Cristo é o conteúdo do evangelho: sua vinda, seu ministério terreno, seu sofrimento, morte e ressurreição (Rm 1.1-7). É a mensagem de Cristo que salva o pecador (Jo 3.16; Rm 1.16). É o meio empregado por Deus para a salvação de todo aquele que crer (l Co 15.2). Só através do evangelho é que o homem conhece a salvação na pessoa de Jesus. O evangelho de Cristo é a única resposta para este mundo que perece em consequência do pecado.

b) Os estágios da palavra evangelho.
1) No mundo grego, tinha o sentido de recompensa por trazer boas novas.

2) No Antigo Testamento (Septuaginta), o vocábulo indica as próprias boas-novas. Aparece em termos proféticos com o mesmo sentido que encontramos no Novo Testamento: "Quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!" (Is 52.7). Veja o seu cumprimento em Romanos 10.15.

3) No Novo Testamento são as boas novas que falam do Reino de Deus, da salvação e do perdão dos pecados na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. É o evangelho da graça de Deus (At 20.24).

c) Conduta em relação ao evangelho.
Vejamos a lista que nos ensina qual deve ser a nossa conduta cristã em relação ao evangelho de Cristo.
1. Proclama-o: Mt 4.23
2. Defende-o: Jd 3
3. Demonstra-o: Fp 1.27
4. Compartilha-o: Fp 1.5
5. Sofre por ele: 2Tm 1.8
6. Não o impede: ICo 9.12
7. Não se envergonha dele: Rm 1.16
8. Prega-o: ICo 9.16
9. Recebe poder dele: lTs 1.5
10. Guarda-o: Gl 1.6-8

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