Conflitos Familiares - Como a Escola Dominical pode ajudar a resolvê-los - Subsídios Dominical

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Conflitos Familiares - Como a Escola Dominical pode ajudar a resolvê-los

Em toda a Bíblia, percebemos a importância da família. Ela é uma instituição criada por Deus, e todo projeto de Deus não foi feito para fracassar. Entretanto, no decorrer dos séculos, a família foi perdendo sua identidade. Existiram, e ainda existem vários fatores que contribuem para a fragilidade da mesma.

Segundo a Sociologia, a família é um organismo vivo, um sistema aberto, ou semi-aberto, pois ela dá e recebe informações, energia, trabalho, objetos e trocas permanentemente, o que possui e o que precisa com seu ambiente social.
Moura (2012) nos chama atenção dizendo que, não existe fórmula para se evitar os conflitos, mas se os envolvidos adotarem atitudes como o autocontrole, a paciência e a prudência, especialmente no trato com as palavras, a harmonia, a reconciliação e o bom convívio estarão presentes na vida familiar.

I. Definindo alguns conflitos
A família é constituída pelos cônjuges, pais, filhos e irmãos, cada um com sua personalidade e conflitos. Os maiores conflitos estão na área do relacionamento, e envolvem falta de diálogo, falta de tempo, crises existenciais, isolamento, orgulho, falta de disciplina e falta de elogio.

Sabemos que a família inicia com o casamento, e para que o mesmo seja equilibrado, é necessário que os cônjuges se amem e se respeitem.

As crises entre marido e mulher têm se agravado, pois existe entre os cônjuges uma baixa tolerância à frustração, uma resistência à mudança e o egoísmo.
Outro fator que gera conflito na família é a educação dos filhos. Segundo a Bíblia, eles são heranças do Senhor e são como "flechas na mão do valente".  É importante lembrar que eles precisam de atenção, amor e disciplina.

O desenvolvimento humano é constituído por fases. No bebê, existe a fase chamada Ano- mia, ou seja, de completa ausência de regras. Não adianta dizer para um bebê parar de chorar que a mãe tem que trabalhar no dia seguinte, pois ele não entenderá. Na infância, predomina a Heteronomia, ou seja, a regra é imposta pelo adulto.
Quando os adultos têm dificuldades em dizer "não" para uma criança, a mesma crescerá com uma baixa tolerância à frustração. Na adolescência, começa o predomínio da Autonomia, mas é importante lembrar que esta fase é uma das mais conflituosas, pois se em uma das anteriores houve problemas, na adolescência os mesmos poderão se agravar.

Os conflitos entre pais e filhos encontram-se mais nas áreas da disciplina e da autoridade dos pais. Segundo o psicólogo Artur Nogueira, as pessoas estão cada vez mais intolerantes e se desgastam valorizando os defeitos dos outros. A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias. Não vemos mais pais e filhos se elogiando. Lembre-se: o filho gosta de ser lembrado, e o pai ou a mãe gostam de serem reconhecidos e valorizados.

Outro conflito enfrentado pela família é a falta de compreensão, pois o filho deve entender as responsabilidades que estão sobre os pais e os pais devem compreender as fases de transição na vida dos filhos, bem como seus conflitos e inseguranças.

Entretanto, mesmo enfrentando essas mudanças, a família atual, neste conceito ampliado, continua sendo o primeiro grupo de vital importância onde o ser humano se relaciona tendo sua função biológica e social.

Em suma, todos os membros da família devem ter um só propósito, que é servir e agradar a Deus, e cada um deve cumprir o seu papel dentro da família.

Os pais devem ser facilitadores na aprendizagem da vida, devem ser modelos para os filhos, devem ser agentes que preparam um bom caminho para os mesmos, e os filhos devem obedecer e respeitar os pais. Nunca esquecendo a presença maravilhosa do Espírito Santo, pois é Ele que nos ensina a tomarmos a decisão certa na hora mais difícil de um relacionamento.

II. A Escola Dominical como auxiliadora nos conflitos familiares

Na Escola Dominical, o fator pedagógico envolve a figura do ensinador. Como destaca o pastor Marcos Tuler, ele deve ser diferente, pois ensinar não é somente a transmissão do conhecimento. Educar não é somente professar, ensinar e instruir. É preciso um envolvimento maior.

Segundo La Rosa (2003), aprender a aprender envolve a curiosidade, característica que revela uma inteligência aberta à realidade, a qual é inesgotável, seja ela física, biológica ou sócio- -cultural.
O aprendente revela-se um curioso, característica profundamente humana. Aprender, então, passa a ser uma tentativa de compreender, de modo mais aprofundado, algo novo ou algo do qual já se possui alguma informação. Por isso a busca incessante pelo conhecimento.

Quando a família frequenta a ED, ela está tentando melhorar não somente sua vida intima com Deus, mas sua vida como um todo, e isso envolve a vida sócio-cultural, emocional e interpessoal.

Diante dessa demanda, o ensinador precisa estar preparado, qualificado, ter uma intima comunhão com Deus, ser flexível e dedicado. Pois somente assim poderá influenciar e modificar a vida familiar dos seus alunos.

É fundamental que o professor entenda que as famílias estão passando por um momento de crise. Ele precisa ter conhecimento de quais crises estão afetando a mesma.

Outro fator importante que o professor não deve esquecer é que todo aluno, ao iniciar um processo de aprendizagem, já traz consigo uma série de conceitos, crenças e informações de vida, que vão servir de filtro para a elaboração de novos conhecimentos. Isso porque o verdadeiro conhecimento deve gerar um novo comportamento, modificar hábitos, rever métodos. Essa é a razão básica de se aprender algo novo.

Na visão de Lebar (2009), o estudante não controla completamente o ambiente e o ambiente não controla completamente o aluno. O ambiente influencia o ser, mas não o controla. Como Departamento, a Escola Dominical pode auxiliar as famílias promovendo palestras e encontros, trazendo assuntos atuais e envolventes. Lembrando sempre que ensinar não consiste em aplicar cegamente uma teoria nem em conformar- -se com um modelo. E, antes de tudo, orientar na resolução de problemas, instruir para se tomar decisões e agir em situações de incerteza, e, muitas vezes, de emergência.

Somente aquele que vive uma experiência de aprendizagem significativa pode compartilhá-la para transmiti-la.
Segundo Rubinstein (2003), não se aprende de qualquer um; aprende-se daquele que está no lugar do conhecimento. Seja pai ou mestre. Isto é aprendizagem. Aprende-se de quem se supõe saber. Pois o conhecimento não é transmitido de cofre. São transmitidos sinais, e é o próprio sujeito que, se apropriando desses sinais, constrói o conhecimento. Mas, para que o sujeito da aprendizagem conheça, o desejo é fundamental. O desejo de conhecer e a capacidade para conhecer andam juntas.

Conclusão
Observando a família atual, percebemos grupos confusos, muitas vezes contraditórios, oscilando entre dois modelos: um hierarquizado e outro igualitário. Pode-se dizer que isso diz respeito ao fato de a modernidade ter afetado a família contemporânea, refazendo seus alicerces. Porém, apesar das pressões sem precedentes, que colaboram para a atual situação familiar, a família está e sempre esteve no centro da civilização e, mais do que isso, no centro da vontade de Deus. Seus alicerces bíblicos e naturais devem ser preservados.

Portanto, a Escola Dominical, pode fazer muito para atenuar, ou mesmo resolver os conflitos familiares, tornando os encontros criativos, trazendo novidades e mostrando aos membros da família, o que são esses conflitos e como eles podem ser resolvidos.
O bom ensino vem de um bom aprendizado. Somente assim poderemos envolver os membros da família na obra de Deus e fazer com que, mesmo enfrentando grandes desafios e grandes conflitos, eles permaneçam fiéis. Podemos ser sábios, se dermos ouvidos à Palavra; ou tolos e fracassados, se nos recusarmos a aprender.


Por Serenita de Meira Rienzo
Ensinador Cristão, n°59 – Divulgação: Subsídios ebd


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