A angústia de Jacó e a restauração de Israel

O retorno do povo judeu à sua terra natal é sem dúvida ' alguma o princi­pal sinal da segun­da vinda de Cristo.
 No plano profético, Israel é o relógio de Deus que aponta com precisão para o fim desta presente era (Mt 24.32,33). 
O que iniciou a contagem regressiva para a Volta de Cristo não foi o surgimento da União Europeia, apesar de ser um importante acontecimento e sinal do fim dos tempos, mas, sim, a histórica fundação do mo­derno Estado de Israel em 14 de maio de 1948 e a reconquista de Jerusalém oriental em 1967 pelas tropas israelenses na guerra dos seis dias (Lc 21.29-31). Desde então, já se ouve no Reino dos Céus o clamor da meia noite: "Mas, à meia noite, ouviu-se um clamor: Ai vem o esposo! Saí-lhe ao encontro!" (Mt 25.6).
Os profetas da Antiga Aliança vaticinaram que antes do Messias reinar na terra, a nação de Israel passará pelo período mais crí­tico de sua historia, conhecido como angústia de Jacó (Jr 30.7; Is 26.16-21; Ez 38,39; Zc 12.1-3,9,10; 13.8,9; 14.1-5). Através da Grande Tribulação Deus julgará e salvará o Seu povo (Is 48.10; Ez 20.34-38; Zc 13.8,9; Dn 12.10; Rmll.26,27;Ap 7.1-8).

De acordo com as profecias do livro de Daniel, esse período está estreitamente relacionado ao povo judeu (Dn 9-27; 12.1; Jr 30.7; Ap 12.13), mencionado pela primeira vez na Bíblia em Deuteronômio 4.30.

Sendo a Grande Tribulação a Septuagésima Semana da pro­fecia das 70 semanas de Daniel, esse período somente começará quando os ponteiros do relógio profético dessa profecia voltarem novamente a se mover. Nessa profecia messiânica, 69 semanas já se completaram, ou seja, 483 anos. De acordo com os melhores cálculos, a profecia teve início na promulgação do decreto de Artaxerxes para a reconstrução da cidade de Jerusalém, em 444 a.C., e foi abruptamente interrompida quando a nação judaica rejeitou o Senhor Jesus como Messias, em 33 d.C. Desde então, mais de 1900 anos se passaram sem que se cumprisse a derradeira semana. Período este que corresponde a era da Igreja.

Como esta profecia foi dirigida especificamente ao povo judeu, a Grande Tribulação somente poderá começar após o arrebatamento da Igreja. A partir daí, Deus novamente voltará a lidar com a nação de Israel.

A Grande Tribulação

A Grande Tribulação será desencadeada do trono de Deus (Ap 4.2,5; 5.1), quando o Senhor Jesus romper o primeiro selo (Ap 6.1). Com a quebra do primeiro selo, que simboliza a manifestação do Anticristo, irrompe-se na terra a Grande Tribulação (Ap 6.2; 2Ts 2.3). Tecnicamente a Grande Tribulação começa quando o Anticristo assina o tratado de paz com a nação de Israel por sete anos (Dn 9.27).

O primeiro ato do Anticristo, como representante dos 10 reinos confederados, será a formalização de uma aliança estratégica de cooperação económica e militar com a poderosa nação de Israel por sete anos para assegurar a paz no Oriente Médio (Dn 9.27; Is 28.15,18; 2Ts 2.3a; Jo 5.43; 19.15).

Exatamente no meio da Grande Tribulação, o anticristo anula o ttatado de paz com Israel, revelando a sua verdadeira natureza (Dn 9.27).

Aproveitando-se da destruição dos exércitos de Gogue e Magogue, o anticristo inunda o Oriente Médio com suas forças bélicas e instala sua principal base de operações militares nessa região. Em seguida invade a terra de Israel, profana o templo reconstruído em Jerusalém e passa a perseguir violentamente o povo judeu (Mt 24.15; 2Ts 2.4 / Jr 30.7; Zc 13.8,9; Mt 24.15-22; Ap 12.13-17).

Ciente que o retorno de Cristo está prestes a ocorrer, Satanás investe sua fúria contra a nação de Israel. Nessa última manobra, o dragão, o anticristo e o falso profeta reúnem no vale do Ar-magedom os exércitos do mundo inteiro, para pelejarem contra Cristo (Zc 14.1,2; Jl 3.2,12-17; Ap 16.12-16).

Quando os judeus estiverem cercados por todos os lados, e virem que não há mais saída, clamarão pelo socorro do Altíssimo pedindo que lhes envie o Messias (Os 5.15; Zc 13.9).
Nesse momento Cristo retorna em grande poder e glória, seguido pelos exércitos celestiais e acompanhado de sua igreja, para salvar o povo judeu, derrotar o anticristo e o falso profeta, destruir os exércitos e adoradores da besta, julgar as nações e implantar o seu reino na terra, pondo fim ao período mais negro da história da humanidade (Zc 14.3,4,12,13; Is 27.1; Mt 24.29,30; 2Ts 2.8; Ap 19.11-21).

A restauração espiritual de Israel

O profeta Ezequiel vislumbrou numa visão a restauração futura de Israel, em dois estágios: primeiro nacionalmente, quando os judeus forem restabelecidos a sua terra natal ainda em incredulidade; e depois espiritualmente, quando crerem em Jesus Cristo na sua segunda vinda, serão vivificados ao receberem o Espírito Santo (Ez 37; Zc 12.10-14; 13.1; Os 6.1-3; Jl 2.28-32; Rm 11.25,26). Deus estabelecetá uma nova aliança com a nação de Israel e escreverá a sua lei no coração de todos os salvos (Jr 31.31-34).

Os descendentes de Abraão serão reconciliados e viverão em paz quando o Senhor Jesus, o Príncipe da Paz, estiver reinando sobre eles. Desse dia em diante, árabes e judeus deixarão de ser inimigos e viverão em harmonia como irmãos (Is 19.19-25).

No Milénio Israel será a cabeça das nações e os judeus serão grandemente respeitados, honrados e procurados pelos demais povos (Zc 8.23; Is 45.14). As nações irão a Jerusalém para adorarem e serem guiados pelas leis de Deus.

Fonte: Jornal Mensageiro da Paz, número 1.546

Por: Zihad Ali
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