Lição 7 Fogo Estranho Diante de Deus (Subsídio) - Subsídios Dominical

DICAS:

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Lição 7 Fogo Estranho Diante de Deus (Subsídio)

Apresentação
 “E OS filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário e puseram neles fogo, e colocaram incenso sobre ele, e ofereceram fogo estranho perante o SENHOR, o que não lhes ordenara. Então saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR (Lv 10.1,2). Os filhos de Arão foram negligentes quanto às leis para os sacrifícios. Em resposta, Deus os destruiu com fogo consumidor.

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I – NADABE E ABIÚ (Lv 10.1)
A história de Nadabe e Abiú pode ser encontrada em Levítico 8—10. Eles são também mencionados em Êxodo 24.1,9; 28.1; Números 3.2-4; 16.60,61.

1. Quem era Nadabe
Nadabe era o primeiro filho de Arão e sua esposa Eliseba; seus irmãos foram Abiú, Eleazar e Itamar (Êx 6.23; Nm 3.2; 26.60; 1 Cr 6.3; 24.1,2).

a) A experiência de Nadabe

Na época da confirmação da Aliança do Senhor com Israel, Nadabe estava entre os 70 anciãos que “viram o Deus de Israel”, quando acompanharam Moisés parte do caminho até o monte Sinai (somente Moisés aproximou-se do Senhor: Êx 24.1, 9). Juntamente com o pai Arão e seus irmãos, foi apontado como sacerdote para servir ao Senhor e recebeu trajes especiais para esse fim (Êx 28.1,2). Como oficiante, devia ser santo e separado para esse serviço.
Lamentavelmente, tempos mais tarde Nadabe e Abiú morreram por terem oferecido “fogo estranho perante a face do Senhor, o que ele não lhes ordenara” (Lv 10.1; Nm 26.61). penalidade por comprometer a santidade de Deus era a morte.

2. Abiú
No hebraico, significa “de quem Deus é pai”. Foi o segundo dos filhos de Aarão e Eliseba (Êx. 6.23. Núm. 3.2. 26.60; 1 Cr 6.3; 24.1). Juntamente com seus irmãos Nadabe, Eleazar e Itamar, Abiú foi separado e consagrado para o sacerdócio (Êx 28.1).

II – FOGO ESTRANHO PERANTE O SENHOR
A obediência às ordens divinas (caps. 8 e 9 de Levítico) tinha resultado na descida de fogo divino, que era um sinal de aprovação, consumindo os sacrifícios de dedicação dos sacerdotes. Mas o fogo estranho de Nadabe e Abiú produziu um resultado desastroso, e Arão precisou absorver o golpe de perder seus dois filhos mais velhos, logo no primeiro dia do ministério sacerdotal.

1. O pecado de Nadabe e Abiú
Os comentaristas têm algumas sugestões sobre o pecado de Nadabe e Abiú, o qual é referido como “fogo estranho” (literalmente, fogo profano). Vejamos:

a) O incenso não foi feito de acordo com as instruções de Moisés (Ex 30.34-38).

b) Encheram seus incensários[1] com fogo comum, e não com fogo tirado do altar, o único que podia ser usado com esse propósito (Lev. 9.24; 16.12). O fogo sobre o altar tinha descido da parte de Deus e era mantido aceso mediante a regra das chamas perpétuas (Lv. 6.12,13).

Quando do estabelecimento da adoração cerimonial, as vitimas colocadas sobre o grande altar de bronze eram consumidas por fogo descido do céu. Foram dadas ordens para que esse fogo fosse mantido aceso, e que o incenso diariamente oferecido fosse queimado em incensários cheios de brasas tiradas do grande altar.

c) A oferta foi feita no momento errado (Ex 30.7,8).

d) Os infratores usaram incensários inadequados (os deles mesmos).

e) Nadabe e Abiú assumiram uma função devida exclusivamente ao sumo sacerdote; ou eles estavam sob influência alcoólica (Lv 10. 8-11).

É impossível falar com certeza sobre este aspecto. O ponto essencial é que os dois sacerdotes exerceram funções sacerdotais de maneira oposta às ordens do Senhor. Moisés deixou claro que o Senhor deve ser santificado naqueles que se aproximam dele, a fim de que Ele seja glorificado diante de todo o povo. Esta é uma ilustração de que, no Antigo Testamento, a obediência era muito mais importante do que o sacrifício (1 Sm 15.22).

Metaforicamente, fogo estranho passou a indicar aquele fervor, zelo, sistema religioso e práticas místicas e religiosas que são estranhas ao cristianismo bíblico.

2. A consequência do fogo estranho
Ironicamente, foi pelo fogo que Nadabe e Abiú morreram, mortos por uma chama consumidora que é característica da natureza de Deus (Hb 12:29), que exige a adoração aceitável com reverência e santo temor. Não se sabe exatamente como o fogo matou Nadabe e Abiú, ou se a palavra “fogo” era um sinônimo para um raio de relâmpago. Eles morreram no Lugar Santo, diante do véu que separava o Lugar Santo do Santo dos Santos. Era diante do altar do incenso que se oferecia o incenso (Lv 10.4).

3.  Na obra de Deus ninguém é insubstituível
A linhagem sacerdotal continua através dos outros irmãos. Nem Nadabe e nem Abiú tinham filhos (Nm 3.4; 1 Cr 24.2), pelo que, a sucessão sacerdotal continuou através de seus irmãos mais novos.

4. O juízo de Deus a fim de advertir o povo
Pode nos parecer estranho que Deus tivesse dado cabo de Nadabe e Abiú em vez de simplesmente admoestá-los. Mas, com frequência, no começo de uma nova era da história da salvação, o Senhor trouxe juízo, a fim de advertir o povo. O ministério sacerdotal no tabernáculo estava prestes a começar, e o Senhor desejava certificar-se de que os sacerdotes compreendiam a seriedade de seu trabalho.
a) Exemplos do juízo divino
Ø  Quando Israel entrou na Terra Prometida, Deus usou a desobediência de Acã como advertência (Js 7), e a morte de Uzá foi seu aviso quando a arca da aliança foi levada para Jerusalém (2 Sm 6.1-7).
Ø  Logo no início da história da Igreja, a morte de Ananias e Safira serviu de advertência, a fim de que os santos não tentassem mentir para Deus (At 5).
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Purificado pelo fogo
Quando Israel começou a oferecer sacrifícios seguindo as instruções de Deus, Sua presença foi revelada por meio do fogo, que consumiu o primeiro holocausto (Lv 9.24). Não foi surpreendente o fato de as pessoas se prostrarem em adoração. Elas tiveram respeito pelas chamas que indicavam a presença Daquele a quem serviam. Em toda a Bíblia o fogo significa as coisas que devem ser respeitadas, começando por Deus:

• Moisés descreveu o Senhor como um fogo que consome, um Deus zeloso (Dt 4.24).
• A libertação divina de Davi foi descrita com imagens de fogo (S118.8-14).
• Deus apareceu para Ezequiel em uma nuvem de fogo (Ez 1.4).
• Malaquias disse que Deus agiria como um fogo purificador no dia de Sua Vinda (Ml 3.2).
• João Batista afirmou que Jesus batizaria as pessoas com o Espírito Santo e fogo (M t 3.11 ;At. 2.3,4).
• A avaliação final do Senhor a respeito dos cristãos será feita pelo fogo (1 Co 3.3-15).
• O apóstolo João teve uma visão na qual os olhos de Deus eram como chamas de fogo (Ap 1.14).

Pedro nos lembra de que nossas provações e nossas tribulações são testes de fogo, que ajudam a purificar nossa fé e torná-la genuína, como o ouro puro (1 Pe 1.6,7;4.12,13).

[Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento, com recursos adicionais – Editores: EarI D. Radmacher  Ronald B. Allen  H. Wayne House Central Gospel]

III – PRIVILÉGIOS PERDIDOS
Por trazerem fogo estranho diante do Senhor, Nadabe e Abiú, além de perderem seus privilégios perderam a sua vida.

PRIVILÉGIOS
CONSEGUENCIA
1) Pertenciam à tribo de Levi – a trio honrada com o sacerdócio divino (Nm 3.1-12)

2) Eram filhos do grande sacerdote de Israel – Arão

3) Eram os sucessores imediatos do pai no sacerdócio
4) Estiveram presentes juntamente com os mais destacados anciões de Israel, quando o Senhor deu a Lei por meio de Moisés (Êx 24.1)

5) Haviam presenciados a manifestação da glória de Deus (Êx 24.9,10)

6) Foram testemunhas oculares da aliança de Deus com os Filhos de Israel (Êx 24.8).

7) Eles tinham conhecimento em primeira mão sobre a santidade de Deus como poucos homens já tiveram, e pelo menos por um tempo, seguiram a Deus de todo o coração (Lv 8.36).


Perderam os privilégios, o Senhor os matou
Romanos 6.23: Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.
Os filhos de Arão tinham ocupado por um período muito breve uma posição privilegiada como líderes espirituais da nação, mas não tinham levado suas responsabilidades tão a sério quanto exigia um Deus justo e santo.
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IV – APRENDEDO COM OS ERROS DE NADABE E ABIÚ
A morte súbita dos filhos de Arão nos lembra do perigo que rodeia cada ministro em cada momento de seu ministério. Sua experiência nos dá lições importantes.
ü  A Palavra de Deus contém prescrições para nosso ministério, e devemos obedecer ao que o Senhor diz. As instruções de Deus são mais detalhadas para os sacerdotes do Antigo Testamento do que para os ministros do Novo Testamento, mas o Novo Testamento apresenta princípios e exemplos claros, de modo que não devemos nos desviar deles.
ü  Consagramo-nos para Deus, e ele nos consagra para seu serviço. Ele quer servos puros, prontos a ceder, obedientes e "marcados" pelo sangue e pelo óleo.

ü  Sem a obra completa de Cristo e o poder do Espírito, não podemos servir a Deus de maneira aceitável (1 Pe 2.5). Não há zelo carnal ou "fogo falso" capaz de substituir a devoção ao Senhor quando esta é cheia do Espírito. Certifique-se de que o "fogo" de seu ministério vem do altar de Deus e não deste mundo.

ü  Ministramos, antes de tudo, para o Senhor e para sua glória. Não importa quanto sacrifiquemos e sirvamos, se Deus não receber a glória, não poderá haver bênção.

ü  Os privilégios do ministério trazem consigo responsabilidades sérias. "Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido" (Lc 12:48).
ü  Nossa maior alegria na vida deve ser servir ao Senhor e glorificar o nome dele. "Servi ao Senhor com temor e alegrai-vos nele com tremor" (Sl 2.11).
O maior privilégio expõe uma pessoa a uma disciplina mais severa. Se se sentir desconfortável com esta breve história de Nadabe e Abiú, devemos lembrar que o Novo Testamento também diz que algumas coisas igualmente duras sobre a responsabilidade de testemunhar a obra de Deus ou estar em posições de liderança (Lucas 10. 12-15; 12.48 , Hebreus 6.4-6; 10.26-31; 1 Pedro 4.17).
Fonte: E-book Subsídios EBD, Vol. 13 – Acesse AQUI e Adquira a continuação desse Subsídio.



[1] Incensários, consistiam em panelas de forma achatada em que eram lavados carvões em brasa.

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