Lição 1 – Parábola: Uma Lição para a Vida (Subsídio) - Subsídios Dominical

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Lição 1 – Parábola: Uma Lição para a Vida (Subsídio)

Subsídio para a classe de Adultos - 4°Trimestre de 2018|Aula: 07/10 - Por Ev. Jair Alves
INTRODUÇÃO
As parábolas são utilizadas desde a antiguidade. Embora Jesus tenha contribuído para os escritos sagrados com parábolas inigualáveis e tenha elevado esse método de ensino ao mais alto grau, era sabedor da existência milenar desse método de apresentar a verdade.

Quando o Senhor Jesus apareceu entre os homens, como Mestre, tomou a parábola e honrou-a, usando-a como veículo para a mais sublime de todas as verdades. Sabedor de que os mestres judeus ilustravam suas doutrinas com o auxílio de parábolas e comparações, Cristo adotou essas antigas formas de ensino e deu-lhes renovação de espírito, com a qual proclamou a transcendente glória e excelência de seu ensino (Herbert Lockyer).

Dado a grande relevância das parábolas de Jesus é que durante a presente edição, estudaremos as parábolas de nosso Salvador Jesus.
Veja também:
Lições de Adultos
 
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I – O QUE É PARÁBOLA
De acordo com Klvne Snodrass[1], “possivelmente nenhuma definição de parábola se mostrará completamente eficaz, pois toda definição que seja ampla o suficiente para englobar todas as formas acaba se revelando tão imprecisa a ponto de se mostrar praticamente inútil”. Entretanto, apresentarei alguns definições para o nosso entendimento do termo em questão.

Dentre os significados para o termo “parábola”, destaco os seguintes:

a) Comparação utilizada para indicar uma história breve.
b) Um exemplo esclarecedor para ilustrar uma verdade.
c) Comparação entre duas coisas diferentes.
d) Na maioria dos casos, a parábola é uma analogia ampliada utilizada para convencer e persuadir.
e) A parábola é uma criação literária na forma de narrativa desenvolvida para retratar uma espécie de caráter por advertência ou exemplo, ou para encarnar um princípio do governo de Deus para com este mundo e com os homens.
“A parábola podia ser tirada de uma história real ou alguma outra criada a partir de fatos possíveis do dia-a-dia das pessoas. Uma parábola era, na verdade, uma espécie de ilustração da vida. Podia ser um relato de coisas terrenas, às vezes, histórico — geralmente fiel à experiência humana — narrado de modo a comunicar uma verdade moral ou algum ensino espiritual” (Elienai Cabral)

Veja também:
Lições de Jovens
 
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1. O USO DAS PARÁBOLAS NOS EVANGELHOS (Mateus, Marcos e Lucas)
A palavra grega parabolé tem nos Evangelhos um sentido mais abrangente do que o seu uso na língua portuguesa ou inglesa. Como resultado, nos estudos bíblicos a palavra "parábola" tem, pelo menos, três usos diferenciados.

Em primeiro lugar, parabolé pode ser usada para se referir a qualquer dito comparativo que tem por objetivo estimular o pensamento.
Ela é utilizada para se referir a um provérbio como "Médico, cura-te a ti mesmo" (Lc 4.23),45 a um enigma como "Como pode Satanás expulsar Satanás?" (Mc 3.23), a uma comparação (Mt 13.33), a um contraste (Lc 18.1-8) e tanto a histórias simples (Lc 13.6-9) quanto a complexas (Mt 22.1-14).

Em segundo lugar, o termo "parábola" também pode ser utilizado em um sentido mais restrito para se referir a qualquer tipo de analogia (quer seja uma história com duplo sentido quer não), uma definição que excluiria os provérbios, os enigmas e as formas não-narrativas.

PARÁBOLAS EM NO EVANGELHO DE MARCOS
O número de parábolas em Marcos é relativamente pequeno. Ele
registra somente quatro parábolas narrativas, das quais as três primeiras formam uma série de parábolas no capítulo 4: a do Semeador, a da Semente que Cresce de Forma Oculta (exclusiva de Marcos) e a do Grão de Mostarda. Depois, no capítulo 12, ele os apresenta a parábola dos Lavradores maus. Algumas pessoas também consideram como parábola a comparação do Porteiro em 13-34-37 e da Figueira em 13.28,29.

Das parábolas do livro de Marcos, Mateus e Lucas têm a do Semeador, a do Grão de Mostarda, a dos Lavradores Maus e a da Figueira.

Mateus e Lucas também têm algumas parábolas em comum que não se encontram em Marcos. Ambos têm a do Fermento, a da Ovelha Perdida, a dos Dois Fundamentos, a dos Servos Fiéis e Infiéis, a do Ladrão e das Crianças no Mercado. Os dois livros também têm parábolas acerca de convites rejeitados a um banquete e de servos a quem foi confiada certa quantia em dinheiro, mas se elas representam ou não relatos paralelos ou são meramente histórias semelhantes é uma questão controvertida.

EM SUMA:
ü  10 parábolas são exclusivas de Mateus
ü  18 são exclusivas de Lucas.
ü  Cerca de dois terços das parábolas estão em Lucas.
ü  As parábolas de Mateus aparecem, majoritariamente, nos capítulos 13, 18, 20—22 e 24—25


2. SETE BENEFÍCIOS DO USO DAS PARÁBOLAS
(1) Revelar a verdade de forma interessante e despertar maior interesse (Mt 13.10,11,16);
(2) Tornar conhecidas novas verdades a ouvintes interessados (Mt 13.11,12,16,17);
(3) Tornar conhecidos os mistérios por comparações com coisas já conhecidas (Mt 13.11);
(4) Ocultar a verdade de ouvintes desinteressados e rebeldes de coração (Mt 13.11-15);
(5) Acrescentar mais conhecimento da verdade aos que a amam e
anseiam mais dela (Mt 13.12);
(6) Afastá-la do alcance dos que a odeiam ou que não a desejam (Mt 13.12);
(7) Cumprir as profecias (Mt 13.14-17,35).
 
SUBISÍDO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Jesus é interrogado sobre o uso das parábolas
Então os discípulos se aproximaram de Jesus e lhe perguntaram:
— Por que o senhor fala com eles por meio de parábolas?
Ao que Jesus respondeu:
— Porque a vocês é dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus, mas àqueles isso não é concedido. Pois ao que tem mais será dado, e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. Por isso, falo com eles por meio de parábolas: porque, vendo, não veem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem. Assim, neles se cumpre a profecia de Isaías [...] (Mt 13.10-14, NAA).

Cristo cita Isaías 6.9-10 a fim de explicar por que usa parábolas: o coração do povo está duro; seus ouvidos estão surdos; e seus olhos, cegos. Jesus não estava ocultando a verdade daqueles que realmente a procuravam, porque aqueles que eram receptivos à verdade espiritual compreendiam os seus exemplos.
As parábolas seriam reveladas para aqueles que estavam sinceramente interessados, mas acabam por ser "apenas uma irritação para aqueles que eram hostis a Jesus."

Jesus, ao usar parábolas, estimula a curiosidade de quem está interessado, dos que realmente querem conhecer a verdade. Todavia, ele esconde a verdade dos rebeldes e, assim, não joga essas pérolas aos porcos (Mt 7.6).

As parábolas não impedem que as pessoas conheçam a verdade; antes, estimulam o interesse delas e encoraja-as a aprendê-la. Isso é o cumprimento de Mateus 11.25 — os orgulhosos não enxergarão, contudo os inocentes aprenderão a verdade e serão salvos (Warren W.)


II – COMO LER UMA PARÁBOLA
As parábolas não são listas de informação; elas são histórias, mas podem não ser as histórias que sonhamos que fossem. Cada uma delas deve ser abordada e tratada de forma individual, sem que façamos uso de pontos de vista pré-concebidos acerca de como elas deveriam ser. Sendo assim, podemos indagar: como ler uma parábola de maneira correta?

*     Vejamos três dicas:

PRIMEIRA: Ao ler uma parábola procure entender os elementos culturais existentes na parábola. O contexto cultural e histórico pode facilitar a compreensão do ensino principal da parábola.

OBSERVAÇÃO: As parábolas são histórias contadas a partir de uma cultura e tempo diferente do nosso.

SEGUNDA: Procure identificar as declarações explícitas e implícita do agir de Deus dentro da parábola.

TERCEIRA DICA: Identifique a aplicação prática da parábola. Ou seja, identifique as lições a serem aplicadas na área ética e espiritual d sua vida.

Metodologia:
Ao ler uma parábola, pergunte:
1)   Para que a parábola foi contada?
2)   Qual a moral da parábola?
3)   Alguma interpretação é dada no texto bíblico para a parábola?
4)   Existe alguma questão de maior destaque na parábola?

ATENÇÃO ESPECIAL!
Não se esqueça de que as parábolas, como as demais figuras, servem para ilustrar as doutrinas e não para produzi-las.

III – A PARÁBOLA E OUTRAS FIGURAS DE LINGUAGM NA BÍBLIA
Leia AQUI a continuação deste tópico.


[1] Autor do Livro: Compreendendo todas as Parábolas de Jesus - CPAD

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