Lição 6- O Dom de Línguas - Subsídios Dominical

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Lição 6- O Dom de Línguas


I - O Ensino Paulino sobre as Línguas

Tem-se crido que a Igreja Coríntia tinha em seus cultos as manifestações dos nove dons espirituais mencionados por Paulo. Acredito que esses dons mencionados no capítulo 12 da Carta são números clausus, ou seja, uma lista fechada, onde não se admite a inserção de outras modalidades de manifestações. Caso o fosse possível, o apóstolo certamente teria mencionado algum outro dom, o que não nos parece ser o caso. Há, sim, outras listas que trazem ministérios e dons dados por Deus, mas a nossa análise será em 1 Coríntios. Os dons descritos no capítulo 12 são suficientes para suscitar questionamentos contrários às ideias cessacionistas no tocante à validade dos dons em nossos dias.

O mais criticado é o dom de línguas, e essa atitude tem uma razão. A doutrina pentecostal tem sido enfática no sentido de ensinar que, de acordo com as referências de Atos 2, 13 e 19, o batismo no Espírito Santo tem o falar em línguas por evidência inicial.

Paulo tem uma perspectiva em relação às línguas diferente dos cessacionistas. Ele reconhece que esse dom vem efetivamente do Espírito Santo: “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil” (1 Co 12.7). Independentemente de existir cultos na história cujas manifestações tinham similaridades com alguns dons, os dons relatados por Paulo têm origem divina.

Há cultos em que os adeptos tinham momentos de êxtase e falavam palavras desconexas, mas a experiência do falar em línguas mencionada por Paulo é diretamente oposta às outras experiências, pois a sua origem é o Espírito Santo, que criou os dons espirituais, distribuiu-os aos crentes e edificou a sua Igreja por meio deles.

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1) A contemporaneidade dos dons EspirituaisClique Aqui
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Comparar as experiências dessas religiões ao dom de línguas dado pelo Espírito Santo com o objetivo de desqualificá-lo e chegar à conclusão de que é um fenômeno humano de origem maligna, tendo em vista que seria uma repetição de um padrão de possíveis falas desconexas, é desprezar a fonte que gera e distribui o dom, ou seja, a própria pessoa do Espírito de Deus.

1. Orar em Línguas

“Porque, se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto” (1 Co 14.14). Paulo dá prosseguimento à doutrina ensinada discorrendo sobre a oração. Se entendemos que orar é falar com Deus, também entendemos que a comunicação com Ele em línguas é uma manifestação que é genuinamente pentecostal, porém não restrita aos arraiais pentecostais. As palavras de uma língua não estão necessariamente restritas a uma forma de pensar ou a um grupo de pessoas. O falar em línguas, o derramamento do Espírito e os dons espirituais não estão restritos ao meio pentecostal. A promessa da efusão do Espírito é para toda a carne e não é patrimônio de uma única igreja.


Uma característica destacada por Paulo no assunto das línguas é que, quando utilizadas na oração, fazem com que o espírito ore bem. Parece que não há qualquer impedimento na oração ao Pai Celeste quando se utiliza o falar em línguas.

O apóstolo também destaca que, quando se ora em línguas, “o entendimento fica sem fruto”, ou seja, é como se o intelecto da pessoa não tivesse participação, não entendesse efetivamente o que está sendo falado. Paulo menciona esse fato, mas não dá a entender que o texto seja uma condenação ao orar em línguas. Ele mesmo diz que, ao orar em línguas, “o meu espírito ora bem”. Com certeza, pela revelação do Senhor trazida a Paulo, orar em línguas manifesta uma conexão mais íntima e profunda com o Espírito Santo, sendo difícil crer que Deus tenha reservado esse momento de intimidade com Ele e essa possibilidade de orar em línguas somente para a Igreja Primitiva. Paulo usou o tempo verbal no presente como uma indicação de que, tanto hoje quanto nos dias do apóstolo, o orar em línguas era e é para todos os crentes.

Evidentemente, o apóstolo roga à igreja que use de equilíbrio na prática das línguas na oração: “[...] Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento” (1 Co 14.15). A orientação paulina é que haja um momento adequado para cada tipo de oração, mas não há uma condenação apostólica para a oração em línguas. Paulo também não proibiu o falar em línguas no culto nem no momento de devoção pessoal.

2. Um Sinal para os Incrédulos

É provável que, neste verso, Paulo esteja remontando a Atos 2, quando os apóstolos de Jesus falaram em línguas, e as pessoas de outras nações, que estavam em Jerusalém, ouviram todos falando das grandezas de Deus. As línguas não trariam nenhum sentido ao entendimento para quem não compreendia o culto em Corinto, ou seja, um infiel. Entende-se que aqui — se comparado à profecia, que é transmitida na língua vernácula, isto é, na língua nativa das pessoas daquela igreja — as línguas estranhas trariam a ideia de que aqueles crentes estariam loucos, pois eles iriam falar coisas que não poderíam ser entendidas. Por isso, Paulo privilegiava as línguas no culto que eram acompanhadas de interpretação, e a profecia, para que aqueles que não eram da fé soubessem “que Deus [estava] verdadeiramente entre [eles]” (1 Co 14.25).

II - Na Vida Pessoal

1. A Oração em Línguas

Vejamos como Paulo trata o uso do dom de línguas em 1 Coríntios 14.14-17:

Porque, se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto. Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento. Doutra maneira, se tu bendisseres com o espírito, como dirá o que ocupa o lugar de indouto o Amém sobre a tua ação de graças, visto que não sabe o que dizes? Porque realmente tu dás bem as graças, mas o outro não é edificado.

Paulo reconhece que a oração feita em línguas faz com que o espírito ore bem. Parece um mistério a forma como as línguas na oração aproximam de Deus as nossas necessidades, súplicas e louvor sem aparentes interferências. A linguagem humana nem sempre é adequada para aproximarmo-nos do Senhor; sendo assim, as línguas seriam a linguagem do nosso espírito falando diretamente com o Espírito Santo.

Essa modalidade de manifestação não exige que a oração seja traduzida; na verdade, Paulo compreende ser esse momento da oração em línguas algo tão íntimo que não orienta que a oração passe pelo processo de tradução na língua vernácula, nem que a pessoa que está orando em espírito também ore para interpretar a sua oração, como é o caso do falar em línguas em público no culto. Paulo diz que orar em línguas não traz frutos ao entendimento, mas ele também não pede que a oração seja entendida. Não há, portanto, um obstáculo para que passemos momentos com Deus em oração feita na língua do Espírito.

Paulo orienta que há momento para a oração em línguas e para a oração em público. “Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento”. O mesmo entendimento que fica prejudicado no uso das línguas para a oração é valorizado quando é feita a oração na língua vernácula, e assim se ora com o entendimento. E possível cantar com o espírito, mas é igualmente possível cantar com o entendimento, ou seja, na língua dos demais membros do corpo de Cristo.

O amém na oração é uma palavra que traz a ideia de concordância do grupo à pessoa que está orando. Para que essa concordância ocorra, é necessário entendimento de todos. Da mesma sorte, quando uma pessoa dá graças a Deus em espírito, o Eterno recebe a gratidão, mas a comunidade não é edificada por não saber o que está sendo transmitido. Mais uma vez, não há uma reprimenda à gratidão em línguas, apenas a sua regulamentação.

2. Línguas para Falar com Deus

“Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios” (1 Co 14.2). Uma das verdades acerca do dom de línguas é que quem se utiliza dele fala com o Senhor. Paulo diz que há uma comunicação entre a pessoa e Deus por mais que os homens não entendam o que está sendo pronunciado. Essa é uma revelação muito séria, pois o falar em línguas tem sido combatido por cristãos cessacionistas, que acreditam que essa manifestação não seria um dom para a igreja de hoje. Eles baseiam-se no fato de que a revelação de Deus já está toda nas Escrituras, mas, curiosamente para eles, esta parte da revelação nas mesmas Escrituras não teria valor normativo, como justamente a recomendação de orar em línguas e a não proibição de falar em outras línguas; ou seja, seriam relatos que não deveríam ser reproduzidos na vida cristã em nossos dias. Como Paulo não demonstrou esse mesmo entendimento, cremos que o falar em línguas inicia uma comunhão mais íntima com Deus no momento em que o dom é manifesto, e é isso que a Bíblia diz.

Em comparação com o dom de profetizar, o dom de línguas tem um alcance individual, ou seja, se a pessoa fala com Deus no dom de línguas, a pessoa fala com os homens no dom de profetizar. O juízo de valor estabelecido por Paulo refere-se ao alcance de cada um desses dons, e um tem alcance mais amplo que outro nessa esfera. Assim sendo, não se pode dizer que as línguas não têm serventia no culto.

Nessa vertente, observa-se que os estudiosos que criticam o uso das línguas no culto são os mesmos que não incentivam a profecia, pois eles entendem que profetizar, de acordo com 1 Coríntios 14, não é a pregação da Palavra de Deus, mas o recebimento de uma palavra de forma espontânea vinda diretamente dEle. Para tais teólogos, o maior desses dons é a profecia, mas não podem haver manifestações de profecias em suas igrejas. Na prática, há pessoas que escolhem as partes das Escrituras que lhes interessam ou que lhes são adequadas a uma visão teológica. Ou levamos a sério a revelação dada por Deus por inteiro ou, então, escolheremos os textos que mais nos agradam, desprezando os demais que não combinam com a nossa ótica filosófica.

3. Edificação Pessoal

“O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja” (1 Co 14.4). Paulo mostra a primeira diferença entre o ato de profetizar — e, nessa passagem, não se trata da pregação da Palavra de Deus — e o falar em línguas. O ato de profetizar traz uma edificação coletiva, ao passo que o falar em línguas traz edificação pessoal. E inegável que o ato de profetizar na língua vernácula traz uma edificação muito maior, pois a profecia alcança a congregação. E igualmente inegável, porém, que o falar em línguas fortalece quem fala, e isso é o apóstolo Paulo que está ensinando. Contradizer esse princípio equivale a contradizer o restante dos escritos paulinos, pois não há um escrito mais inspirado e outro menos inspirado. Não é pecado edificar a si mesmo. Na Igreja de Cristo, há espaço para os que profetizam e edificam a igreja e há espaço para os que falam em línguas edificando a si próprios. A utilidade de cada dom tem sua oportunidade e espaço  para a glória de Deus. É notório que há cristãos que intelectualmente entendem ser a profecia um dom de alcance plural, mas rejeitam sua manifestação genuína em suas igrejas. Para sermos honestos intelectualmente, precisamos ser coerentes com o que a Palavra de Deus fala e estar abertos a praticar o que foi falado.

4. Agradecendo a Deus

“Porque realmente tu dás bem as graças, mas o outro não é edificado” (1 Co 14.17). A gratidão é uma das características que traz contentamento a Deus em nossa relação com Ele. Tão importante quanto a santidade, que nos desafia a ser pessoas separadas para Deus, a gratidão faz de nós pessoas que reconhecem que Deus foi quem nos beneficiou, que nos fez um favor, seja por meio de uma resposta de oração, seja simplesmente por um ato de sua vontade para conosco sem que tivéssemos pensado ou pedido.

Paulo mostra que as línguas são um instrumento de manifestação de gratidão por parte de quem fala, e Deus certamente se envolve nesse momento de reconhecimento. A gratidão manifesta no falar em outras línguas, entretanto, não edifica outras pessoas. Essa observação do apóstolo torna a mostrar que o falar em línguas tem um caráter pessoal quando visto sobre a perspectiva do alcance da coletividade. Não há impedimento para que se fale em línguas na congregação, pois tal manifestação inclui a nossa gratidão a Deus. Concordamos que há uma diferenciação sobre o alcance coletivo e o individual no contexto paulino, mas entendemos que essa diferenciação tem um caráter educativo, ou seja, o objetivo é efetivamente incentivar o dom de uso coletivo sem desprezar o dom de alcance individual.

III - As Línguas na Igreja

1. Podem ser Interpretadas

“E eu quero que todos vós faleis línguas estranhas; mas muito mais que profetizeis, porque o que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também interprete, para que a igreja receba edificação” (1 Co 14.5). Pela primeira vez, Paulo equipara aqui a pessoa que profetiza à pessoa que fala em línguas. Essa equiparação acontece justamente quando a pessoa que fala em línguas também a interpreta, de forma que a congregação é edificada. Sem tal junção, fala e interpretação, a igreja não é alcançada. Novamente, cabe a ideia de que Paulo não dá a entender que a profecia é a pregação da Palavra de Deus, Ele está falando dentro de um contexto em que o falar em outras línguas está sendo visto na igreja, e não de um momento no culto em que a Bíblia é explicada.

“Pelo que, o que fala língua estranha, ore para que a possa interpretar” (v. 13). De forma novamente didática, Paulo orienta os crentes em Corinto que busquem em oração a interpretação das línguas. Há o dom de interpretação de línguas dado pelo Espírito de Deus, e esse dom está disponível para a congregação. Paulo mostra que a oração é o caminho para que se possa receber de Deus essa graça e justamente para que haja entendimento das línguas que estão sendo faladas.

A interpretação contextualiza o que está sendo falado. Imaginemos o seguinte cenário: O primeiro culto cristão em terras brasileiras foi celebrado a indígenas e na língua latina. Pense no alcance dessa comunicação aos habitantes da então chamada Terra de Santa Cruz. Como eles não entendiam o latim, e os descobridores não falavam as línguas nativas, não houve qualquer comunicação entre esses grupos, mesmo que o culto tenha sido realizado.

Paulo prossegue: “Pelo que, o que fala língua estranha, ore para que a possa interpretar”. Falar em línguas não é um dom desprestigiado por Paulo na igreja. O alcance individual desse dom ganha contornos públicos quando as línguas faladas são interpretadas. No capítulo 12, Paulo diz que, pelo Espírito, há o dom de interpretar línguas, o ermêneia glõssõn, dado pelo Espírito Santo. O Eterno sabe que falar em outras línguas tem seus momentos e que a interpretação dessas línguas dadas por Ele tem por finalidade edificar a sua igreja quando as línguas são interpretadas.

Não é demais falar que as línguas parecem ter um significado profético quando são interpretadas, e a responsabilidade pela busca da interpretação é do falante, que deve orar e pedir a Deus que lhe conceda a capacidade, que é dada pelo Espírito, de trazer a interpretação à congregação. Da mesma forma que Tiago orienta os crentes que têm falta de sabedoria para que venham pedi-la a Deus, Paulo orienta que quem fala em línguas deve orar para interpretá-las. Note que, se o falar em línguas não traz o entendimento ao falante, ele deverá buscar a interpretação e o entendimento daquilo que está sendo falado quando se dirigir à congregação.

David Lim comenta que

O dom de línguas precisa de interpretação para ser eficaz na igreja. Alguns ensinam que, por estarem alistados em último lugar, esses dons são os menores em importância. Semelhante conclusão é insustentável... Através do dom de línguas, o Espírito Santo toca em nosso espírito. Achamo-nos livres para exalar a bondade de Deus e edificamos a nós mesmos. À medida que falamos, somos edificados espiritualmente. Em seguida, quando a interpretação deixa os membros da igreja entenderem a mensagem, estes são encorajados a adorar (Teologia Sistemática, Horton, 475, 476)

Já Stanley M. Horton comenta que

A interpretação é usualmente considerada a transmissão do significado ou do conteúdo essencial da expressão vocal em línguas. O significado básico da palavra é tradução... mas pode significar ou tradução ou interpretação. Mas mesmo quando significa tradução, não se trata necessariamente de palavra por palavra. A tarefa do tradutor é dar às palavras bom sentido e boa gramática...

O dom, e lógico, não subentende nenhum conhecimento do idioma por parte do intérprete. É recebido diretamente do Espírito Santo, e vem à medida que prestamos atenção no Senhor mais que às línguas estranhas. (O que a Bíblia diz, 302, 303)

Ulonska, por sua vez, comenta que

“Paulo, ao exigir a fala em língua estranha limitada a dois ou três, com interpretação, refere-se a um falar línguas que deve servir como assistência ou apelo ao indouto, para a edificação da igreja”, (pg 196).

2. Não Pode Atrapalhar o Culto

Uma característica que precisa ser observada é que o culto ao Senhor não pode ser atrapalhado ou obstruído pela manifestação dos dons espirituais. Eles devem ser vistos na igreja, mas não podem ocupar espaço no culto de tal maneira que gere desordem ou traga transtornos. Deus ordena que haja cânticos entre os irmãos e expressões de louvor que farão parte do culto.

Ele também ordena que os que falam em línguas façam-no em até duas pessoas e, se houver uma terceira, que seja para interpretar.

Reiteramos que Paulo não está proibindo o falar em línguas no culto, e sim trazendo um norte, um senso de organização a uma igreja que, por natureza, como já havíamos dito, precisava de orientações em todos os aspectos. O mesmo vale para a profecia: “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem” (1 Co 14.29). Nessa passagem, o termo “profetas” não se refere aos que trazem a pregação da Palavra de Deus, e sim aos que receberam o dom do Espírito para profetizar, assim como profetizavam os servos do Senhor no Antigo Testamento. Se fossem pregadores e expositores da Palavra, teríamos uma dificuldade textual, pois seríamos levados a crer que dois pregadores falavam ao mesmo tempo na Igreja em Corinto. Imagine um culto em que duas pessoas falam em línguas em um tom de voz mais alto. Agora imagine se fossem dois pregadores falando ao mesmo tempo. A quem a congregação ouviria? Por isso, cremos que profecia e pregação são atividades distintas. Em que pese tal opinião, o que importa é que a ordem no culto deve ser respeitada pelos que manifestam os dons espirituais pelo Espírito.

3. Um Culto com Ordem

“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1 Co 14.26). No texto em que aborda a questão do culto, parece que Paulo traz o seguinte questionamento aos coríntios: o que eles deveríam fazer? Quando se ajuntassem, teriam diferentes formas de demonstrar sua adoração e comunhão com Deus: entoar um salmo, ensinar uma doutrina, trazer uma revelação recebida de Deus, falar em línguas e interpretar. A base desse conjunto de manifestações era que tudo deveria ser feito para a edificação, e não para a divisão ou confusão no ambiente do culto.

Reinhold Ulonska diz que

Se bem que na assembleia deva existir uma “comunicação não intelectual”, a qual pode se manifestar pelo falar língua estranha na adoração e no júbilo ao Senhor, assim como na luta conjunta em oração, o dom da interpretação para a edificação da igreja é muito necessário para a “comunicação intelectual”. O ser humano carece não só de uma comunicação “não intelectual”, mas também “intelectual”.

Fonte: O Vento sopra onde Quer. O Ensinamento bíblico do Espírito Santo e sua Operação na Vida da Igreja. Autor: Alexandre Coelho. Editora CPAD
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