Lição 12- Esperando, mas Trabalhando no Reino de Deus (Subsídio)

Lição 12- Esperando, mas Trabalhando no Reino de Deus
Subsídio para a lição: 12
Fonte: E-book Subsídios EBD. Edição: 14
Classe: Adultos | Trimestre: 4° | Ano: 2018

INTRODUÇÃO
A parábola dos talentos (Mateus 25.14-30) ensina que os servos do Senhor devem ser fiéis, administrando pronta e eficientemente o que lhes foi confiado, até ao dia do ajuste de contas. A parábola ensina que, durante a ausência de Jesus, espera-se que seus seguidores trabalhem diligentemente com os dons a eles confiados, pois serão considerados responsáveis por eles, na ocasião de sua volta.
 
OS TALENTOS
Porque isto é também como um homem que, partindo para fora terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens. E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe” (Mt 25.14,15).

1. Definindo talentos
A palavra talento, como a usamos hoje, se refere a um dom natural. Assim, se uma pessoa possui talento artístico e é criativa, geralmente é muito admirada. Mas, no Novo Testamento, talento se refere a uma moeda de uso corrente na época, e representa determinado valor em dinheiro.

Um talento correspondia à cerca de 35 quilos de prata pura, o equivalente a 6.000 denários, o denário, como já vimos, era uma moeda de prata e valia um dia de trabalho de um soldado romano.

Deus concede, aos cristãos, fé e capacidades espirituais para, em primeiro lugar, compreenderem a pessoa e a obra do Seu Filho Jesus, e, em seguida, para servirem no Reino: testemunhando, anunciando a Salvação e cooperando com o Corpo de Cristo, a Igreja. Curiosamente, o uso atual da expressão portuguesa “talento”, significando o conjunto de dons, capacidades e habilidades de uma pessoa, originou-se com base nessa parábola (Lc 19.13). Jesus não está ensinando que o julgamento das pessoas em geral e dos cristãos em particular tem algo a ver com o esforço pessoal e o pleno uso dos dons e capacidades, pois o caminho da Salvação é bem diferente.

O uso dos talentos é apenas uma consequência natural na vida diária de quem já foi contemplado, abraçou a fé em Jesus e agora vive a alegria da Salvação, mesmo em meio aos sofrimentos deste mundo. É um julgamento semelhante àquele pronunciado contra o convidado que comparece à festa eterna sem vestir-se da justificação (salvação) em Cristo (22.12-14).[2]

2. “Banqueiros” e “Juros”

Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros (Mt 25.27)”.
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A palavra “banqueiro” vem do grego trapeza (mesa), e ainda hoje é comum ver essa palavra nas fachadas das instituições financeiras na Grécia. Na época de Jesus, os “banqueiros” eram pessoas que ficavam sentadas atrás de pequenas mesas e trocavam dinheiro (Mt 21.12). Outra palavra interessante é “juro”, que tinha o sentido de “prole”, ou seja, os juros eram considerados “filhotes” do principal emprestado ou investido.

A lei do Antigo Testamento proibia os israelitas de cobrarem juros de outros israelitas (Ex 22.25; Lv 25.35-37; Dt 23.19,20), uma lei que era frequentemente desrespeitada (SI 15.5; Jr 15.10; Ez 18.8, 13, 17; 22.12), mas os juros poderiam ser cobrados de não israelitas (Dt 23.20).

3. A multiplicação dos talentos (Mt 25.20-23)
O primeiro servo investiu bem os cinco talentos, e logo havia dobrado a quantia. Assim fez, também, o servo que recebera dois talentos. Aquele a quem fora dado um talento, no entanto, teve medo de investir.

Os dons e talentos de Deus multiplicam-se quando os utilizamos, pois transformam nossas vidas e ficamos preparados para receber ainda mais da plenitude do Espírito Santo. O amor de Cristo em nós gera mais amor, a fé mais fé, o caráter mais caráter de Deus nos crentes, e a obediência à Palavra do Senhor produz uma fonte de virtudes que influencia todo o ambiente (2 Pe 1.3-7).

SUBSÍDIO EXEGÉTICO
Como essa Parábola dos talentos tem sido confundida com a das Minas que Lucas nos concede (19.12-36), pode ser bom nesse ponto do estudo analisarmos as duas. São semelhantes em alguns aspectos. Por exemplo, ambas dizem respeito a um rico que parte para um país distante e deixa uma quantia de dinheiro, a fim de que os seus servos invistam para ele. Em ambas há a sua promessa de que, quando voltar, ele agirá com os seus servos em função do uso que fizessem do dinheiro que lhes fora confiado-recompensa para o fiel, punição para o negligente. Mas parece que aqui termina a semelhança entre elas.

Essas são as diferenças importantes entre elas, quando as caracterizamos diferentes uma da outra:

ü  Na Parábola dos talentos, Jesus falou com os seus enquanto estava no monte das Oliveiras; em As Minas, ele fala com a multidão em Jerico.

ü  Nos Talentos, está em foco a diferença de responsabilidade sobre os negócios. Diferimos uns dos outros na quantidade de dons recebidos. Em As Minas, todos somos igualmente responsáveis. Os servos foram diferentes uns dos outros quanto à diligência que demonstraram.

ü  Nos Talentos, os servos receberam uma quantidade diferente de talentos, de acordo com a sua capacidade pessoal. Dois dos servos usaram os talentos da mesma forma e, portanto, a sua recompensa também foi igual. Em As Minas, foi-lhes dada a mesma quantia, mas os servos usaram o dinheiro de forma diferente e, portanto, a sua recompensa também foi diferente.
Ambas demonstram a suprema diferença entre o fiel e o infiel, a recompensa da diligência e a condenação da improdutividade; contudo, ambas consideram a responsabilidade de ambos os lados. Um supre o que o outro omite.



 SERVO INÚTIL (Mt 25.26-30)

1. Características do servo inútil (Mt 25)
Este servo que recebeu um talento era:
1) Ingrato (v. 18).
2) Errôneo em sua argumentação (vv. 18,24).
3) injusto (v. 18).
4 Acusador (v. 24).
5) Auto justificado (v. 24).
6) Medroso (v. 25).
7) Mau (v. 26).

2. Consequências para o servo inútil (Mt 25)
1) Repreendido (v. 26).
2) Julgado com as suas próprias palavras (v. 26).
3) Julgado pela sua falha na confiança depositada (v. 27).
4) Desprovido de seu talento (vv. 28,29).
5) Retirado e banido para sempre da presença de seu mestre (v. 20).

3. O pecado do servo inútil
O pecado deste servo foi àquele contra o qual Paulo advertiu Timóteo (1 Tm 4.14; 2 Tm 1.6), ou seja, não cumprir o serviço a ele confiado por Deus e para o qual recebera talento. O serviço cristão acarreta séria responsabilidade. Por exemplo: Ezequiel 33.7-9; Atos 20.26,27. O servo, neste caso, tipifica aquele que, temeroso de enfrentá-lo, negligencia o seu serviço, com prejuízo a si mesmo e à causa do Mestre.

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[1] Simon J. Kistemaker
[2] Bíblia King James Atualizada

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