Lição 6 - Pecado de Rebelião (Subsídio) - Subsídios Dominical

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Lição 6 - Pecado de Rebelião (Subsídio)

Os atos de insubmissão são um mal terrível, que precisam ser combatidos com todas as forças, a fim de que os melhores esforços para agradar a Deus não sejam desperdiçados, pois esses atos produzem, com rapidez, grandes tragédias. Tal pecado é tão grave que o Senhor o comparou ao da feitiçaria (1 Sm 15.23), porque o rebelde (assim como o feiticeiro) busca alcançar o fim pretendido independentemente da vontade do Senhor; entende que os fins justificam os meios e, por isso, realiza qualquer conduta para ter o que deseja. O livro de Números mostra frequentemente as pessoas quebrando o princípio da autoridade e submissão e, em todos os casos, o resultado não foi bom.

Veja também:

Inequivocamente, o ato de submeter-se constitui-se em uma das mais belas características do verdadeiro serviço a Deus. A pessoa escolhida para exercer influência sobre alguém, decorrente de uma delegação natural, social ou espiritual, deve ter todo o respaldo, apoio e ajuda pa,ra agir conforme a delegação divina. Importante que se diga, porém, que autoridade, neste caso, não significa supremacia, a qual pode ser comprada, imposta ou mesmo adquirida pela força. Autoridade genuína, porém, somente se conquista pela justiça, decorrente da vontade de Deus.
 
A submissão exigida por Deus para o seu povo, por outro lado, pode ser conceituada como a atitude (sentimento) de submeter-se, com alegria e de forma irrestrita e voluntária, a alguém que foi constituído pelo Senhor como autoridade sobre nossa vida, concretizando isso por meio de condutas de obediência (desde que não haja conflito com a Palavra de Deus), abdicando do direito de tomar decisões próprias. É uma das facetas do negar-se a si mesmo (Mt 16.24).

A geração de hebreus que saiu do Egito precisava decidir, em amor, ser submissa a Deus e à sua palavra, e isso passava, necessariamente, em atender a Moisés, renunciando à sua própria opinião. Mas não foi isso que aconteceu.
Richard W. Dortch afirma:

Todos temos que prestar contas a alguém. Se não houver submissão, o resultado é o caos. [...] A submissão é a maneira de Deus completar a obra de nossa libertação. A submissão é um processo de autocontrole. Quando a pessoa se dispõe a submeter-se a esse processo, fica livre das tiranias das paixões e motivos egocêntricos.

Como Israel precisava ficar livre das “tiranias das paixões e dos motivos egocêntricos”! Deus estava trabalhando constantemente para completar a obra de libertação que tinha começado quando saíram do Egito, mas, sendo um povo de dura cerviz, o Senhor sabia que haveria muitos conflitos.

1. Inveja na Família do Líder


A dificuldade em ser submisso ao seu líder era um problema de Israel, todavia, não só do povo, mas também daqueles que estavam na cúpula do poder tribal: Miriã e Arão, pessoas pelas quais Moisés tinha muito apreço. Porém, de onde menos se espera é que, muitas vezes, surgem as rebeliões, conforme Números 12. Aqueles que estão muito perto do poder com frequência são tentados a ter inveja do líder e a querer ocupar o lugar dele. Isso aconteceu primeiramente com o Diabo e, depois, pela influência nefasta dele, muitas pessoas na terra reproduziram esse comportamento, querendo ser o “número 1”. Ora, ser o número 1 é bom, mas ser o número 2 é melhor ainda, pois sobre o número 2 não pesa tanta responsabilidade e ele pode, assim, gastando menos energia, realizar coisas melhores do que o número 1. Simples assim. A inveja no coração de uma pessoa, porém, turva-lhe a vista, de forma que não percebe essa realidade, foi o que aconteceu na família de Moisés.

Richard W. Dortch, um cristão americano que sucumbiu na vida e nos negócios por causa do desejo de ser o “número 1”, vindo, por isso, a cometer crimes, pelos quais foi condenado à prisão, escreveu sobre o assunto:

Vamos enfrentar os fatos — a ideia de ser o número um, de ter poder, sucesso, dinheiro e prestígio, é muito sedutora. Essa ideia tem sido o “coração” do mal desde que Lúcifer comparou o que possuía com o que Deus tinha. Ele sentiu-se roubado na parte que recebeu. [...]

A inveja também obscureceu a mente de Caim, afastando-o da verdade. [...] Os temas ciúme, inveja e cobiça percorrem os séculos. [...]

Muitos dos nossos problemas são resultado direto de um coração invejoso. Devemos nos observar cuidadosamente.

Miriã e Arão foram seduzidos pela tentação de possuir mais prestígio na comunidade e, por isso, falaram contra Moisés por causa da sua esposa, que era cuxita, e disseram: “Porventura, falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós? E o Senhor o ouviu” (Nm 12.2). Observe-se que não se tratou de um mero desentendimento, acontecido no almoço do domingo, durante uma reunião familiar entre eles, mas de uma oposição política, que demonstrava rompimento administrativo. No fundo, Miriã e Arão queriam assumir o lugar de Moisés, o que se observa pela fala: “Não falou o Senhor também por nós?” De fato, Miriã e Arão “falavam” até melhor do que Moisés, mas o cajado estava nas mãos do irmão mais novo. O que aconteceu? Deus fez Miriã leprosa e Arão teve que se arrepender fortemente. Em nossos dias, pessoas têm ficado “leprosas” porque levantam oposição injustamente contra seus líderes, enquanto eles estão agindo no centro da vontade de Deus. Há uma verdade inexorável: quem desatende ao princípio da autoridade e submissão será quebrado por Deus, pois não se levanta apenas contra o líder, mas contra aquEle que lhe delegou a autoridade.

2. Teimosia

Outra conduta de rebelião dos hebreus aconteceu logo após receberem a sentença de que não entrariam na Terra Prometida. Nessa ocasião, o Senhor determinou que voltassem ao deserto, pelo caminho do Mar Vermelho (Dt 1.40). Os hebreus, porém, com soberba, resolveram desafiar a Moisés e ao próprio Deus, e partiram para a guerra. Foram fragorosamente derrotados (Nm 14.40-45).

Os rebeldes precisavam entender que sem a bênção de Deus e do seu pastor Moisés não haveria vitória. A autoridade outorgada por Deus deve gerar, sempre, no outro polo do relacionamento (os liderados), uma submissão total, completa e absoluta, em amor. Se a autoridade não for exercida a contento, ou a submissão não se constituir integralmente, haverá o rompimento desse importante princípio, e a rebelião se instalará, trazendo danos caríssimos e, muitas vezes, irreparáveis.

Acerca desse momento, em que os sobreviventes israelitas voltaram chorando após o massacre dos amorreus, Moisés escreveu: “o Senhor não ouviu a vossa voz, nem vos escutou” (Dt 1.45). Triste desfecho para quem tinha uma grande promessa de vitória.

3. Murmuração

O princípio da autoridade e submissão estabelece a ordem e cria condições para o crescimento, em todo e qualquer agrupamento humano; a rebelião à hierarquia (notadamente àquela firmada por Deus), por outro lado, instala o caos e faz os melhores projetos sucumbirem. Em todas as épocas, o Espírito Santo tem levado seu povo a um estado de submissão, quando a palavra de Deus não é afrontada pelas disposições humanas. Eusébio de Cesareia, por exemplo, ao relatar o martírio de Policarpo, bispo de Esmirna, reproduz suas palavras perante o procônsul romano: “fomos ensinados a dar aos magistrados e autoridades designados por Deus a honra devida a eles, contanto que isso não nos fira”, ou seja, não existindo contradição entre a ordem da autoridade e os ensinamentos das Escrituras, cabe aos cristãos a obediência. Esse padrão se repete em toda a história do povo do Senhor.


Moisés disse, certa vez, que conhecia a rebelião e a dura cerviz dos israelitas (Dt 31.27), por isso, não deve ter se admirado com mais duas rebeliões que aconteceram em Números 20.2-5 e 21.4,5. São registros de histórias de insubmissão, as quais redundaram em danos e mortes. No primeiro episódio, o povo murmurou tanto que o próprio Moisés perdeu o bom senso e, arrogantemente, feriu a rocha, quando a ordem divina era para falar. Isso lhe custou muito caro, porque o impediu de entrar na Terra Prometida.

A rebelião mencionada em Números 21.4,5, quando os hebreus reclamaram do cuidado divino e desprezaram o maná que caía do céu, fez o Altíssimo enviar serpentes ardentes, as quais morderam o povo e milhares morreram, marcando, com isso, o fim dos últimos sobreviventes da geração que saiu do Egito e o cumprimento final da sentença divina de que os rebeldes seriam enterrados no deserto.

Nessas duas narrativas, observa-se a presença constante de um sentimento faccioso nos hebreus, os quais desonravam Moisés constantemente.

FonteRumo à Terra Prometida: A peregrinação do povo de Deus no Deserto no Livro de Números. Autor: Reynaldo Odilo. Editora CPAD
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