Lição 6: As Cortinas do Tabernáculo (Subsídio)

Subsídio bíblico para a Escola Dominical - classe dos Adultos. Subsídio para a Lição: 6 | Revista do 2° trimestre de 2019 | Fonte: E-book Subsídios EBD Vol. 16 | Acesse aqui a continuação.

Introdução
O tabernáculo era coberto com cortinas feitas de diferentes materiais e tinhas cores diferentes. Através dessas cores temos algumas simbologias relevantes.

I – A ESTRUTURA FÍSICA DO TABERNÁCULO

O capítulo 26 de Êxodo descreve a estrutura física do tabernáculo. As paredes laterais e a parede do fundo foram construídas com tábuas verticais encaixadas umas às outras. A entrada era formada por pilares.


Êx 26.15-30: As tábuas afixadas verticalmente e que formavam os três lados do tabernáculo são descritas nos versículos 15-25. Cada tábua media aproximadamente 4,5 m de comprimento por 65 cm de largura, era fabricada em madeira de acácia revestida de ouro e tinha dois encaixes fixados a uma base.

Cada lado era composto por vinte tábuas, e a parede posterior tinha seis tábuas. Também havia duas tábuas especiais para cada canto na parte posterior (fundo) do tabernáculo. As tábuas do tabernáculo eram presas por meio de travessas de madeira revestidas de ouro, que atravessavam argolas de ouro afixadas nas tábuas. A travessa do meio era formada por uma única peça. Duas travessas menores de comprimento variado provavelmente atravessavam as argolas na parte de cima, e outras duas atravessavam as argolas na parte de baixo (a junção das duas travessas dava a impressão de uma peça única). Alguns acreditam que as tábuas do tabernáculo tinham a forma de treliça.
                                                                          
1. Cobertura, laterais, véu e painel externo do tabernáculo (Êx 26.7-37)
O véu separava o Santo Lugar e o Santo dos Santos, o santuário interno em que ficava a arca da aliança. Josefo registra que o véu tinha 10 cm de espessura e que o desenho bordado possuía significado místico.

Para o que crê, o véu representa separação da presença de Deus, uma separação que terminou quando Cristo foi crucificado, ocasião em que o véu "se rasgou em dois de alto a baixo" (Êx 26.33; Mt 27.51). Embora no Antigo Testamento o sumo sacerdote só pudesse ultrapassar o véu uma vez por ano, Cristo, como nosso Sumo Sacerdote (Hb 9.11-12) proveu acesso à presença de Deus a todos os que entram "pelo novo e vivo acesso que ele nos abriu através do véu, isto é, o seu corpo" (Hb 10.20).

II – AS CORTINAS QUE COBRIAM O TABERNÁCULO

Veremos o uso das cortinas seguindo a ordem do interior para o exterior (Isto é, de baixo para cima) do Tabernáculo.

1. As cortinas
a) A primeira cobertura era de linho
A primeira cobertura (chamada tabernáculo: Êx 26.1- “6” - ARC) era feita de cortinas fabricadas em linho retorcido ornamentado artisticamente com querubins nas cores azul, púrpura e carmesim. Havia dois conjuntos de cinco cortinas [...] ligadas umas às outras. Cada conjunto era ligado ao outro por meio de colchetes de ouro, os quais, aparentemente, uniam as cinquenta laçadas de estofo azul. Essas cortinas unidas tinham uma área total de aproximadamente 220 m2 e sua função era cobrir o teto e as laterais do tabernáculo até a altura de um côvado do chão.

b) A segunda cobertura era de pelo de cabra (Êx 26.7)
A segunda cobertura (chamada tenda: Êx 26.7-13 -ARC) era formada por cortinas fabricadas em pelo de cabra. Tratava-se de um conjunto de cinco cortinas unidas a outro conjunto de seis cortinas por meio de colchetes de bronze que se ligavam a cinquenta laçadas. A área total dessa segunda cobertura era de aproximadamente 260 m2 e ultrapassava a medida da primeira cobertura nas laterais, com exceção da parte da frente (entrada).  

c) A terceira cobertura (Êx 26.14 a [NAA])
Havia também uma terceira cobertura (chamada coberta – Êx 26.14- ARC), fabricada em peles de carneiro.

d) A quarta cobertura (Êx 26.14 b [NAA])
A cortina era fabricada em peles finas (esta também traduzida por “cobertura de couro" [NVI], “peles de texugo[1]” [ARC]) e animais marinhos (BV).

Ø    SIMBOLISMO
Simbolicamente, a cobertura exterior do Tabernáculo representava a humanidade de Jesus; por isso, sendo Deus, fez-se carne (ver Jo 1.14).

2. As cores das cortinas
a) O linho (Êx 26.1)
O linho retorcido é um símbolo de justiça (ver Ap 19.8).  O linho branco é símbolo de santidade e pureza de Cristo, e Jesus, como homem, não teve uma mácula sequer sobre si.

b) Azul (Êx 26.1)
A cor azul fala da origem celestial de Cristo. Ele veio do céu, mas fez-se
homem na Terra (Jo 1.14).

c) Púrpura (Êx 26.1)
ü    Tecido caro, vermelho arroxeado, usado pelos antigos como símbolo de riqueza e alta posição social (Apocalipse 18.12). 
ü    Cor vermelho-arroxeada (Apocalipse 17.4).
A púrpura indica a realeza e Jesus como Filho de Davi.

d) Vermelho (Êx 26.1)
Representa a Cristo em seu sacrifício na cruz do Calvário. Vermelha representa o sangue de Jesus derramado pela humanidade.

Azul, púrpura e carmesim são cores encontradas juntas vinte e quatro vezes no Livro de Êxodo. Nas vestes sacerdotais, aparecem o ouro, o azul e a púrpura (Êx 28.6, 15; 39.2, 5, 8).

Ø    A ORIGEM. A cor azul (ou violeta) e púrpura

Corantes das cores violeta e púrpura eram obtidos de um molusco; a escarlata, de um inseto do gênero cochinilha[2]. Essas cores eram preciosas por causa do custo do corante.[3]

Ø            AS TONALIDADES DAS CORES
As tonalidades exatas das cores mencionadas são um tanto difíceis de determinar. O azul aproximava-se mais do roxo ou violeta, enquanto a púrpura era um solferino (roxo avermelhado). Ambas as cores eram muito estimadas por Sua luminosidade.

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VÍDEO AULA

[1] O original hebraico é “tachash”, cujo significado é incerto. Há quem pense que se trata de um golfinho, ou ovelha ou parece se tratar de algum animal já extinto.
[2] Cochonilhas são pequenos insetos parasitas. Existem várias espécies de cochonilhas que variam em tamanho, formato e coloração. Podem ter o corpo coberto por flocos brancos e aspecto farinhento, como também podem ser cerosas, de colorações variadas (laranja, verde, vermelho, marrom, etc.). São necessários cerca de 70.000 insetos esmagados e fervidos para produzir 450 gramas de corante.
[3] Bíblia de Estudo Genebra

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