Lição 3 - A Chamada Profética de Samuel (Subsídio) - Subsídios Dominical

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A Carreira Que Nos Está Proposta [ Revista Digital Cristão Alerta - 2° Trimestre 2024

Lição 3 - A Chamada Profética de Samuel (Subsídio)

Subsídio bíblico para a Escola Dominical - classe dos Adultos. Subsídio para a Lição: 3 | Revista do 4° trimestre de 2019 | Fonte: E-book Subsídios EBD Vol. 18 | VEJA aqui OS NOVOS SUBSÍDIOS.
INTRODUÇÃO
Deus levantou uma série de juízes para liderar, guiar e resgatar seu povo, que se rebelava continuamente contra Ele e seguia os costumes dos cananeus. O período dos juízes foi a época dos fracassos de Israel e da resposta de Deus ao clamor de seu povo.  Deus levantou Samuel nesse período de crise na história de Israel. Ele serviu ao povo como juiz, sacerdote e profeta. Como o último juiz (At 13.20) e o primeiro profeta (At 3.24), foi uma figura de transição entre o tempo dos Juízes e o dos Reis. Samuel foi o instrumento escolhido por Deus, cuja linhagem espiritual está ligada a Josué, Moisés e Abraão.


Samuel foi o último e o melhor juiz de Israel. Ele também foi o primeiro grande profeta da nação de Israel. Sendo o resultado de um milagre, o filho de uma mulher estéril, ele foi consagrado ao serviço de Deus desde seu nascimento. Ele se tomou um grande líder em Israel, e foi escolhido por Deus para ajudar a nação a passar pela transição de uma confederação de tribos a uma nação unificada.
SAMUEL COMO SACERDOTE
Samuel começou seu serviço no Tabernáculo em Siló ainda muito jovem. Mesmo ao lado dos filhos de Eli, cujo comportamento obsceno era bem conhecido (1 Sm 2.12- 17, 22-25), permaneceu firme em seu amor pelo Senhor. Numa noite, recebeu uma revelação especial de Deus concernente ao final da dinastia de Eli (1 Sm 3.11-14). Esse oráculo foi o início do seu ministério profético. Samuel fora separado como profeta em Israel e todos começaram a reconhecê-lo como homem de Deus (1 Sm 3.19-21).

A profecia a respeito do juízo de Deus sobre a família de Eli cumpriu-se durante uma campanha militar contra os filisteus. Os filhos deste sacerdote, Hofni e Fineias, levaram a Arca da Aliança para a frente de batalha (1 Sm 4). Ambos foram mortos e o objeto sagrado, capturado pelos inimigos. Ao ouvir sobre a morte dos filhos e o que acontecera à Arca, Eli caiu da cadeira onde estava sentado e morreu. A morte de Eli e de seus filhos e a vergonha pelo fato de a Arca da Aliança ter-se transformado em um troféu de guerra causaram o fim de Silo como centro religioso em Israel. A desolação do lugar chocou a nação e a reverberação do evento podia ser bem sentida até no século VI, quando Jeremias disse: “Ide agora ao meu lugar, que estava em Siló, onde, no princípio, fiz habitar o meu nome, e vede o que lhe fiz, por causa da maldade do meu povo Israel” (Jr 7.12).

1. Servindo como sacerdote.
Embora não fosse descendente de Arão, Samuel serviu como sacerdote após o término da dinastia de Eli. Este aspecto de sua vida, entretanto, foi obscurecido por sua liderança como profeta e juiz em Israel.

As facetas múltiplas de seu ministério foram mostradas juntas na narrativa da assembleia de Mispa. Samuel convocou os israelitas e exortou-os ao arrependimento, orou por eles e ofereceu um sacrifício em seu favor (1 Sm 7), pelo que Deus os ajudou no ataque contra os filisteus. A vitória foi celebrada com a colocação de uma pedra memorial em Mispa (1 Sm 7.12), que se chamou “Ebenézer” (“pedra da ajuda”).

Como Moisés, Samuel orou pelo povo (1 Sm 7.9; cf.12.17,19,23). No final de seu ministério público, fez uma revisão do passado de Israel, exortou os israelitas a aprender com a história e ameaçou-os com trovões e chuva de granizo (1 Sm 12). Ao ouvir suas declarações proféticas e ver a devastação causada pela tempestade, o povo pediu novamente a Samuel que orasse por eles. Ele concordou, mas advertiu-os sobre o juízo iminente de Deus: “Tão-somente temei ao Senhor, e servi-o fielmente de todo o vosso coração; considerai quão grandiosas coisas vos fez. Se, porém, perseverardes em fazer o mal, perecereis, assim vós como o vosso rei” (1 Sm 12.24,25).

SAMUEL COMO PROFETA (1Sm 3.19,20)

Samuel é considerado o primeiro profeta (At 3.24). O Senhor o chamou para ser mensageiro (1 Sm 3.1-14). Foi reconhecido como “servo” de Deus, por meio de quem o Senhor falou com seu povo individualmente (1 Sm 9.6) e como nação (1 Sm 7.2-4; 8.1-22). Seu ministério profético foi tão excelente que todas as tribos ouviram sobre o homem de Deus; “E todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado como profeta do Senhor” (1 Sm 3.20).

1. Conceito de Profeta no Antigo Testamento.
A palavra profeta é tradução do hebraico nabi. Nabi provém da raiz naba do hebraico e seu sentido primário é “alguém que declara ou anuncia algo”. No contexto bíblico, fala daquele que recebeu por revelação direta de Deus suas palavras para proclamar ao povo. O nabi aparece mais de trezentas vezes nas páginas do Antigo Testamento, isso dentro de diversos contextos, o que pode ser visto em passagens como: Gênesis 20.7; Números 12.6; 1 Samuel 3.20; 1 Reis 1.8; Salmos 74.9; Jeremias 1.5.

2. O profeta Samuel, o vidente (1 Sm 9.9 – BKJ)
Vidente (Heb. ro eh) descreve uma pessoa que vê as coisas de Deus. Profeta (Heb. naví) significa chamado (ou seja, por Deus) O teto esclarece que o termo profeta finalmente substituiu vidente, mas os dois termos descreviam o mesmo ofício (Bíblia de Estudo King James – BV BOOKS EDITORA)porta-voz de Deus, além de ser visto como um atalaia e pastor (Jr 6.16; Ez 3.17).

3. O conceito de Profeta no Novo Testamento.
O Novo Testamento tem sua definição também para o prophétes, palavra que aparece 159 vezes. O prefixo da palavra pro, antes, phemi, falar, já esclarece em si o significado: uma pessoa que fala em nome de outra. Portanto, o profeta seria inspirado por Deus para falar as suas palavras.

O profeta neotestamentário caracterizava-se também pelo oficio profético e, nesse particular, podia exortar, ensinar, orientar, estar à frente de um rebanho.

4. A Diferença entre o Ministério Profético e o Dom da Profecia.
Há uma distinção bem clara quanto ao ministério profético e o dom da profecia. Podemos confirmar isso pela citação do teólogo Robert Brandt, que diz:
Qual é a diferença entre o dom de profeta e o dom de profecia? Primeiro, é um dom para os líderes do corpo, de tempo integral. Já o dom de profecia é o dom de transmitir uma mensagem, inspirada. O dom de profeta destina-se a uma parcela muito pequena dos membros do corpo. O dom de profecia está ao alcance de todos os membros (1Co 14.31). [...] A diferença entre o ministério de profeta e o dom de profecia é a seguinte: todos aqueles chamados a exercer o ministério de profeta profetizam. No entanto, nem todos os que profetizam têm o ministério de profeta.

5. Dons ministeriais e dons espirituais.
Precisamos distinguir entre os dons ministeriais e os dons espirituais, conforme dito. O dom de profeta faz parte do grupo dos dons ministeriais, enquanto que o dom de profecia é destinado a toda a Igreja, o Corpo de Cristo.

O profeta do Novo Testamento exercia um ministério e isso se comprova pelo fato de alguns homens serem dados como dons à Igreja. A autoridade ministerial do profeta era vista pela Igreja, o que pode ser comprovado em Atos 13.1-3 e 14.23, mas, é claro, não podemos ligar ministério profético com o dom da profecia, ainda que ambos venham da mesma fonte, Deus.
a)    Ministério Profético (Ef .11).
O ministério profético exista hoje, pois Deus, através do seu Espírito Santo, continua a dar homens como dons para atuar na estrutura do Corpo de Cristo, a Igreja.
6. Ainda existe a profecia como um Dom.
Não podemos negar que a profecia como um dom existe, especialmente no seu aspecto preditivo, o que pode ser comprovado por meio das profecias faladas por Ágabo (At 11.27,28; 21.10,11). Deus, por seu grande poder soberano e por amar seus servos, pode, em momentos de necessidade, em extremas circunstâncias, avisá-los para se colocarem em estado de alerta, vigilância. É claro, a profecia preditiva deve ser analisada, jamais dogmatizada, e sua veracidade não se dá no ato de sua verbalização, mas, sim, no seu cumprimento (Dt 18.22).

O dom da profecia não pode ser normativo, posto que a regra infalível da fé do cristão é a Santa Palavra de Deus, aliás, o que é usado com o dom da profecia deve se sujeitar às Escrituras, assim como os que exercem o ministério do ensino e pregação.

    a)   Dom da Profecia (1 Co 12.4-11; 2 Co 14.1, 3,29, 39,40)
Não podemos jamais desprezar o dom da profecia alegando falhas da parte dos homens, exageros, pois podemos estar entre dois extremos. Caso fiquemos apenas no formalismo, corremos o risco de sermos apenas uma instituição social, limitando o agir de Deus. Caso sejamos demasiados nesse dom, podemos nos tornar fanáticos. O que vale dizer é que o mais importante é que tanto quem exerce o ministério profético como quem é usado com o dom da profecia deve evidenciar em sua vida o fruto do Espírito, pois através dele é que se conhece a árvore (Mt 7.15-23; Gl 5.21,22).
SAMUEL COMO JUIZ
1. Juiz, uma função política e religiosa.
Samuel foi um juiz fiel, o qual viveu a teocracia ideal, deu forma à vida política de Israel, unificou as tribos e obteve vitória contra os filisteus (1 Sm 7.13b-17). A função de juiz era política e religiosa. Como líder político, preservava a unidade das tribos e tratava das questões legais que estavam acima da esfera dos líderes locais. Como líder militar, “livrava” Israel dos inimigos. Durante o ministério de Samuel, o Senhor concedeu a Israel um período de descanso.
2. O fracasso dos filhos do Juiz e um novo rumo para Israel.
O centro de liderança do Juiz Samuel foi seu local de nascimento, Ramá (1 Sm 7.17), de onde viajava e fazia um circuito por várias cidades. Pouco se sabe sobre sua vida doméstica, exceto que seus dois filhos (Joel e Abias) eram homens ímpios (1 Sm 8.1-7). O fracasso dos dois deu ocasião a que os líderes do povo decidissem por um novo rumo na vida de Israel. Em vez de depender de figuras carismáticas, como os juízes, determinaram que a nação estava pronta a seguir a liderança de uma dinastia real (1 Sm 8). O pedido foi recebido com relutância por Samuel, mas recebeu a aprovação de Deus.
O profeta Samuel submeteu-se à vontade de Deus, ciente de que o novo rumo seria perigoso para Israel. A providência divina trouxe Saul à vida de Samuel. Este jovem chegara a Ramá para perguntar ao profeta sobre o paradeiro das jumentas de seu pai. Apoiado por Deus, Samuel secretamente ungiu Saul como rei de Israel (1 Sm 9). O Senhor também o colocou como figura central da nação, depois que foi escolhido numa assembleia pública em Mispa, onde o rei foi determinado por meio de sorteio (1 Sm 10). Deus selou a questão quando Saul demonstrou seu valor na batalha, ao ser bem-sucedido na luta contra os filisteus.
Samuel foi um fiel servo do Senhor. Seu nome é mencionado no Novo Testamento entre os heróis da fé (Hb 11.32).


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