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Lição 9 A Doutrina dos Apóstolos (Classe: Jovens)

🎓 Lições Jovens 1° Trimestre 2024 CPAD

Revista: O FUNDAMENTO DOS APÓSTOLOS E DOS PROFETAS - A Doutrina Bíblica como Base para uma Caminhada Cristã Vitoriosa

AUTOR: Pr. Elias Torralbo

Data da aula:  de Março de 2024

 

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TEXTO PRINCIPAL

"Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina." (Ef 2.20)

RESUMO DA LIÇÃO

A Igreja deve preservar o compromisso de manter e ensinar a doutrina dos apóstolos, que é a doutrina de Deus.

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA - Lv 22.31,32

A prática de guardar os mandamentos do Senhor

TERÇA - Is 1.10-17

Viver em santidade é colocar em prática a Palavra Deus

QUARTA - Gl 6.9

Ser incansável em fazer o bem

QUINTA - Rm 13.8

Quem ama o próximo, cumpre a lei

SEXTA - 1Pe 4.8

O amor que cobrirá multidão de pecados

SÁBADO - 1 Co 15.57,58

O serviço cristão será recompensado pelo Senhor


OBJETIVOS

COMPREENDER que o ensino dos apóstolos era prático;

CONSCIENTIZAR de que a doutrina suscita amor;

SABER que a doutrina gera serviço.


INTERAÇÃO

Professor (a), a Igreja está firmada sobre a doutrina dos apóstolos, que está firmada em Cristo, o fundamento da Igreja. Por esta razão, a lição se dedica a esta temática, com o objetivo de mostrar a importância do nosso compromisso com a doutrina dos apóstolos. Estudaremos a respeito da praticidade do ensino dos apóstolos, mostrando que tal ensino produz o verdadeiro amor e conduz o crente a uma vida de serviço a Deus e ao próximo.


É importante que os alunos compreendam o significado do vocábulo apóstolo. Esse termo vem do latim apostolus e do grego apóstolos, cujo significado vai além de simplesmente "mensageiro", e aponta para "o enviado”. É importante ressaltar que, embora tenham desempenhado importante papel na edificação da igreja, os apóstolos não tinham autoridade em si mesmos, pois o que fizeram e ensinaram foi na autoridade de Jesus Cristo, quem os escolheu e os enviou.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado (a) professor (a), inicie a Lição explicando aos alunos que "a igreja somente poderá ser genuína se for alicerçada na revelação infalível, inspirada por Cristo aos primeiros apóstolos. Os apóstolos do Novo Testamento foram os mensageiros originais, testemunhas e representantes autorizados do Senhor crucificado e ressurreto (Ef 2.20). Foram as pedras fundamentais da Igreja, e sua mensagem encontra-se nos escritos do Novo Testamento, como o testemunho original e fundamental do Evangelho de Cristo, válido para todas as épocas” (Manual da Bíblia de Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 1811).


TEXTO BÍBLICO

Atos 2.42-47

42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.

43 Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.

44 Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.

45 Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.

46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração

47 Louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.


INTRODUÇÃO

A doutrina dos apóstolos deve ser estudada e praticada pelos crentes, pois consiste em Cristo, o fundamento da Igreja. Esta lição tem como objetivo mostrar que precisamos manter o compromisso de não negligenciar a doutrina dos apóstolos. Vamos discorrer a respeito do ensino prático dos apóstolos, mostrando que ele produz o verdadeiro amor e conduz o crente a uma vida de serviço a Deus e ao próximo.

I - O ENSINO DOS APÓSTOLOS ERA PRÁTICO

1. Os apóstolos.

O vocábulo apóstolo vem do latim apostolus e do grego apóstolos, cujo significado vai além de “mensageiro”. O termo significa também “o enviado", e nas Escrituras Sagradas a ênfase é mais sobre aquele que envia do que quem é enviado. É importante destacar que, embora tenham desempenhado um importante papel na edificação da igreja, os apóstolos não tinham autoridade em si mesmos, pois o que fizeram e ensinaram foi na autoridade de Jesus Cristo, quem os escolheu e os enviou.


As palavras de alguns dos apóstolos nas apresentações de suas cartas atestam isso, já que elas deveriam ser lidas e obedecidas, não porque eles as estavam escrevendo, mas porque foram chamados pelo Senhor Jesus (Rm 1.1; 1 Pe 1.1). Portanto, falar sobre a doutrina dos apóstolos refere-se aos ensinos dos que receberam o chamado e a autoridade necessária para isso, o que faz dessa doutrina “digna de toda aceitação” (1Tm 1.15).


2. A doutrina dos apóstolos.

Paulo afirma que os crentes em Cristo estão “edificados sobre o fundamento dos apóstolos” (Ef 2.20), que é o mesmo que “doutrina dos apóstolos” (At 2.42), pois a eles foi dada a missão de Lançar as bases doutrinárias da Igreja de Cristo. No entanto, essas duas expressões fazem referência ao ensino dos apóstolos e não aos apóstolos em si, ou seja, a Igreja não está fundamentada nestes homens, mas na doutrina que receberam de Cristo e repassaram à Igreja do Senhor.


A validade do que eles ensinaram está no fato de que “Jesus Cristo é a principal pedra de esquina", ou seja, o Senhor é a base e o sustento de toda doutrina ensinada pelos apóstoLos. Sem Cristo, esses ensinos não existiriam ou não teriam valor nenhum, pois Cristo é o insubstituível.


3. A praticidade da doutrina dos apóstolos.

Um aspecto importante da doutrina dos apóstolos é o seu aspecto prático. Embora, do ponto de vista teórico, fossem bem fundamentados, esses ensinamentos evocam a necessidade de práticas que refletem a fé genuína (Tg 1.21,22). No Evangelho Segundo João, somos exortados à produção de frutos que evidenciem o verdadeiro arrependimento (Jo 15.16).


O Livro de Atos registra a conversão de milhares de pessoas e o fato de que elas “perseveravam na doutrina dos apóstolos”, como demonstração de uma verdadeira conversão, compreensão e obediência aos princípios ensinados pelos apóstolos. Quem ama a Cristo e ao próximo, guarda e pratica toda a doutrina de Deus.


SUBSÍDIO 1

Professor (a), todos os crentes e igrejas locais dependem das palavras, da mensagem e da fé dos primeiros apóstolos, conforme estão registradas historicamente em Atos e nos seus escritos. A autoridade deles é conservada no Novo Testamento. As gerações posteriores da igreja têm o dever de obedecer à revelação apostólica e dar testemunho da sua verdade. O Evangelho concedido aos apóstolos do Novo Testamento, mediante o Espirito Santo, é a fonte permanente de vida, verdade e orientação à igreja.

II - A DOUTRINA SUSCITA AMOR

1. O amor na doutrina de Pedro.

O amor é a virtude que evidencia a prática da doutrina (Jo 15.10). A fé e os ensinos de Pedro foram moldados pelo seu relacionamento com Jesus, e o que ensinou sobre o amor foi influenciado pelas marcas de seu último diálogo com o Mestre (Jo 21.15-17). Em sua Primeira Carta, Pedro adverte os crentes a amarem uns aos outros ardentemente (1 Pe 4-8). Este versículo é a chave para a compreensão de seu ensino sobre 0 amor. Pedro aponta para a transformação e mudança que Cristo operou nos crentes pelo seu amor demonstrado na cruz. Ele diz que o amor é a maior das virtudes, e a que valida todas as demais.


2. O amor na doutrina de João.

O amor é um tema central nos ensinos de João. Por isso, ele tem sido chamado de “o apóstolo do amor". Parte do conteúdo do capítulo 4 de sua Primeira Epístola identifica o quão essencial é o amor para João. Os versículos 10,11 e 19 do capitulo 4 podem ser considerados o eixo central do ensino sobre o amor. João afirma que Deus é que amou e ama o ser humano primeiro e nós respondemos adequadamente ou não a este amor. João defende que o amor evidencia a nova vida em Cristo e o fato de conhecer a Deus (1 Jo 4-7-9). Embora Ele não possa ser visto, todavia, por meio do seu amor a sua presença é revelada e percebida. O amor de Deus faz com que venhamos a desfrutar da comunhão com o Senhor e com o Espírito Santo. O amor testifica a obra realizada por Cristo na cruz do Calvário em nosso favor.


3. O amor na doutrina de Paulo.

No capítulo dois da Carta aos Filipenses, o apóstolo Paulo fala de alguns pontos doutrinários a respeito do amor. Ele enfatiza que o amor é: uma virtude a ser compartilhada entre os irmãos; que a humildade é uma face genuína do amor, e leva o crente a celebrar as qualidades uns dos outros, e que Cristo é o modelo maior de amor, humildade e serviço (Fp 2.5-10).


Paulo também ensina que o amor não é somente um sentimento, mas uma ação, atitude. No capítulo 13 da Primeira Carta aos Coríntios ele mostra que o amor tudo sofre, é benigno, não invejoso, não leviano e que ele “tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta” (1 Co 13.7). Sendo assim, não há doutrina aprovada por Deus que não produza o verdadeiro amor.


SUBSÍDIO 2

Professor (a), inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta; “O que é o amor?” Incentive a participação de todos. Em seguida explique que o amor é a virtude que evidencia a prática da doutrina. Peça que um aluno (a), leia João 15.10. Em seguida, explique que “o crente deve viver na atmosfera do amor de Cristo. Jesus, declarou que isso se dá quando guardamos os seus mandamentos.


Todos os crentes e igrejas serão verdadeiros somente à medida em que fizerem o seguinte:

(a) Aceitar o ensino e revelação originais dos apóstolos a respeito do evangelho, conforme o Novo Testamento registra, e procurar manter-se fiéis a eles (At 2.42). Rejeitar os ensinos dos apóstolos é rejeitar o próprio Senhor (Jo 16.13-15; 1 Co 14.36-38).


(b) Continuar a missão e ministério apostólico, comunicando continuamente sua mensagem ao mundo e à igreja, através da proclamação e ensino fiéis, no poder do Espírito (At 1.8),


(c) Não somente crer na mensagem apostólica, mas também a defender e guardá-la contra todas as distorções ou aliterações.

A revelação dos apóstolos, conforme temos no Novo Testamento, nunca poderá ser substituída ou anulada por revelação, testemunho ou profecia posterior (At 20.27-31).

III - A DOUTRINA GERA SERVIÇO

 

1. Jesus, o servo por excelência.

O Antigo Testamento anunciou a chegada de Jesus em suas mais diferentes condições, inclusive como Servo (Is 53.1-12). Os textos do Antigo Testamento apontavam para o caráter de servo que Jesus assumiria em seu ministério terreno, com o propósito de atender aos necessitados (Is 61.1-3).


O apóstolo Paulo fundamentou o seu argumento sobre o dever cristão de auxiliar os enfermos em suas necessidades nas palavras de Jesus de que “mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (At 20.35), Esse princípio está alinhado ao que o Senhor ensinou - em palavras e obras - aos seus discípulos sobre servirem aos outros e não a si mesmos (Mt 20.26,27), Jesus disse que “não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.45), Ele entrega a própria vida em favor de outros, razão pela qual o Pai o exaltou e lhe deu um nome sobre todos os nomes (Fp 2.9). Jesus é o servo por excelência.


2. O serviço cristão na doutrina dos apóstolos.

Os apóstolos lançaram as bases da doutrina cristã, e Cristo é o fundamento central. Uma vez que o serviço foi uma das características fundamentais do ministério de Jesus, essa virtude não poderia estar fora dos ensinos apostólicos. Historicamente, o serviço a Deus e ao próximo é visto como fruto da doutrina dos apóstolos a partir do registro no livro dos Atos.


Doutrinariamente, o apóstolo Pedro ensina que os dons espirituais devem ser usados em favor do Corpo de Cristo, tratando-os como um serviço. No mesmo contexto, ele indica que o cristão é chamado a sofrer à semelhança de Cristo, ou seja, trabalhar em favor da Igreja, do Reino de Deus.


No ensino de João, o cristão deve estar pronto a servir o seu próximo com os seus bens e com a sua própria vida (1 Jo 3.16,17).


Paulo ensinou também que o crente deve considerar o outro superior a si mesmo, e reafirma a sua alegria em se entregar no serviço em favor dos outros (Fp 2.3,17). A verdadeira doutrina faz com que os crentes desejem servir a Deus e ao próximo.


3. O serviço na vida cristã.

Jesus é o alicerce da doutrina cristã, o modelo de servo a ser seguido pelos seus discípulos e todos os crentes.

Paulo rogou aos irmãos da igreja em Roma para que não se amoldassem aos padrões deste mundo, mas que mudassem a forma (Rm 12.2). Segundo a forma de pensar deste mundo, maior é o que é servido, aquele que está assentado à mesa. Entretanto, Jesus Cristo ensinou que no Reino de Deus maior é o que serve (Lc 22.26,27). Portanto, uma vida cristã bíblica e madura é marcada pelo serviço a Deus e ao próximo.


SUBSÍDIO 3

Servir os outros é um sinal característico dos cristãos no mundo, Jesus iniciou o seu sermão com palavras que parecem contradizer uma à outra. Mas o modo de vida prescrito e exigido por Deus normalmente contradiz o do mundo. Se você quer viver para Deus, deve estar pronto a dizer e fazer o que parece estranho para o mundo. Você deve estar disposto a dar, quando os outros tomam; a amar, quando os outros odeiam; a ajudar, quando os outros maltratam. Ao renunciar aos seus próprios direitos para servir os outros, um dia você receberá tudo o que Deus reservou para você.


CONCLUSÃO

A doutrina dos apóstolos está fundamentada em Jesus Cristo, e tal verdade implica aspectos teóricos e práticos. A doutrina dos apóstolos revela o que os crentes de todos os tempos, precisam crer e praticar. Aprendemos a respeito da praticidade dos ensinos apostólicos, indicando a expectativa de Deus e das pessoas em relação à Igreja. Isso se dá em dois aspectos na doutrina dos apóstolos: o primeiro é o amor, como fruto da verdadeira doutrina, o segundo é o serviço abnegado, do qual o Senhor Jesus é o exemplo maior.


HORA DA REVISÃO

1. Qual a origem do vocábulo “apóstolo" e qual o seu significado?

O vocábulo apóstolo vem do latim apostolus e do grego apóstolos, cujo significado aponta para “o enviado”, e a ênfase é mais sobre aquele que envia do que em quem é enviado.


2. De acordo com a lição, quem é a base e o sustento de toda doutrina ensinada pelos apóstolos?

Jesus Cristo.


3. Qual virtude é evidenciada pela prática da doutrina (Jo 15.10)?

O amor.


4. Qual é o tema central nos ensinos de João?

O amor é o tema central nos ensinos de João.


5. No Reino de Deus, o maior é o que serve à mesa ou o que é servido (Lc 22.26,27)?

Segundo Jesus Cristo, maior é o que serve (Lc 22.26,27).

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Lição 4. Paulo, a Vocação para ser Apóstolo

Fonte: Lições Bíblicas Adultos, 4° trimestre de 2021 – CPAD

Revista: O Apóstolo Paulo - Lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a Igreja de Cristo

COMENTARISTA: Pastor Elienai Cabral

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Lição 13. A Gloriosa Esperança do Apóstolo

Fonte: Lições Bíblicas Adultos, 4° trimestre de 2021 – CPAD

Revista: O Apóstolo Paulo - Lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a Igreja de Cristo

COMENTARISTA: Pastor Elienai Cabral

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📚 TEXTO ÁUREO

“Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor e tendo por capacete a esperança da salvação.” (1 Ts 5.8)

💡 VERDADE PRÁTICA

A esperança gloriosa da volta de Jesus traz sobriedade para as nossas vidas, e disposição para exercer a fé e o amor em esperança.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 1 Ts 4.13-18

Não podemos ser ignorantes quanto à volta do Senhor

Terça - 2 Co 5.8; Fp 1.23

O desejo de partir para estar com Cristo

Quarta - 1 Ts 4.15,16

A vinda de Cristo para a sua Igreja

Quinta - Ap 1.7

Quando todo olho verá a vinda do Filho do Homem

Sexta - At 1.6,7

Não nos compete a saber sobre os tempos e as estações

Sábado - At 1.8,11

A promessa do Espírito Santo e da vinda de nosso Senhor

📖 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Timóteo 4.6-8; 1 Tessalonicenses 5.1-11

2 Timóteo 4

6 - Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo.

7 - Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.

8 - Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.

1 Tessalonicenses 5

1 - Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva;

2 - porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como ladrão de noite.

3 - Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão.

4 - Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão;

5 - porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas.

6 - Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios.

7 - Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embebedam, embebedam-se de noite.

8 - Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor e tendo por capacete a esperança da salvação.

9 - Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo,

10 - que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele.

11 - Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis.

HINOS SUGERIDOS: : 2, 26, 40 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL

Enfatizar a gloriosa esperança dos cristãos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

Ressaltar a consciência de Paulo diante da morte;

Apresentar a doutrina bíblica de Paulo sobre a volta do Senhor;

Expor sobre os tempos e as estações até a volta do Senhor.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Esta aula é uma oportunidade ímpar para falar da esperança cristã. Todo verdadeiro cristão tem uma esperança latente em sua caminhada com Cristo no mundo: o dia do encontro com o seu Senhor. O apóstolo Paulo cultivava diariamente essa esperança. Seu desejo era estar com Cristo para sempre. Que a lição desta semana nos ajude a priorizar a esperança cristã em nossa caminhada com Cristo. Uma das bençãos mais extraordinária é preservar a esperança cristã diante das experiências difíceis no mundo.


INTRODUÇÃO

A última lição deste trimestre nos mostra que não podemos perder a esperança do céu em meio ao sofrimento e tribulações nesta Terra. Essa esperança é a fonte da força dos fiéis que se apegam no que Deus realizou em Cristo Jesus. E a garantia dessa esperança é o fato de que o Espírito Santo nos fortalece, renova e confirma a herança eterna do nosso Deus. Que a esperança do apóstolo Paulo seja a nossa também.


PONTO CENTRAL

A volta do Senhor é a gloriosa esperança dos cristãos.

I – A CONSCIÊNCIA DE PAULO DIANTE DA MORTE


1. Uma morte como oferta de sacrifício (2 Tm 4.6).

O Espírito Santo que guiava o apóstolo Paulo em tudo o fez sentir que “o tempo da sua partida estava próximo”. Nesse sentido, o apóstolo via o seu martírio iminente como uma oferta apresentada sobre o altar do sacrifício. Essa consciência clara de que haveria de padecer pelo nome de Jesus, não o permitia ter medo, ou frustração diante da morte. É preciso ter a consciência de que se não encontrarmos o Senhor por meio do Arrebatamento da Igreja, o encontraremos por meio da morte. Por intermédio do Espírito Santo, nos prepararemos para esse tempo em esperança (1 Ts 5.13-18).


2. “Combati o bom combate” (2 Tm 4.7).

Agora o apóstolo faz uma análise de sua trajetória. Ele combateu o bom combate. Desde quando Paulo teve o encontro com Cristo, indo para Damasco até o momento próximo de sua morte, muitas experiências ocorreram em sua vida. É notória a total entrega do apóstolo: muitas perseguições, provações, injustiças, plantações e confirmações de igrejas. De fato, o apóstolo entregou a sua vida integralmente à causa do Evangelho. Ele combateu o bom combate. Que combate estamos combatendo? Essa causa é a nobre causa do Evangelho? Que o autoexame de Paulo seja exemplo para nos autoexaminarmos também.


3. Gratidão e esperança (2 Tm 4.7,8).

Além de combater o bom combate, o apóstolo “acabou a carreira” e “guardou a fé”. Mais importante do que começar, é, a forma como terminaremos a carreira.


O apóstolo tinha a consciência da carreira que percorreu e da fé que guardou. Durante os anos de ministério, sua fé permaneceu pujante e robusta, o que lhe permitiu olhar para a sua circunstância com atitude serena. Embora não pudesse evitar a morte física, sabia que estar com o Senhor era a coroação da sua trajetória: “temos confiança e desejamos, antes, deixar este corpo, para habitar com o Senhor” (2 Co 5.8) e “partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor” (Fp 1.23).


O apóstolo nos ensina que é preciso olhar para o futuro com a certeza do nosso galardão, e enxergar, pela fé, que o nosso trabalho não é vão no Senhor (1 Co 15.58), pois há uma coroa de justiça guardada para cada crente em Jesus (2 Tm 4.8). Estamos nas mãos do Justo Juiz.


SÍNTESE DO TÓPICO I

O apóstolo Paulo pensava na sua morte como uma oferta de sacrifício.


SUBSÍDIO PEDAGÓGICO

Inicie esta lição relembrando a lição passada, onde tratamos da coragem do apóstolo diante da morte. Mostre aos alunos que a coragem de Paulo diante da morte tinha como base a esperança cristã no porvir. Se cultivarmos diariamente essa esperança, tendemos a perder o medo que paralisa. Quem perde esse medo é capaz de fazer coisas extraordinárias. Por isso, afirme que se cultivarmos uma verdadeira esperança no porvir, lidaremos melhor com as coisas presentes. Quanto mais ligados ao futuro celestial, melhor lidaremos com o presente material. É tempo de aprofundar essa certeza imaterial cristã, para viver num mundo materialista e anticristão. Atentemos para essência do que Jesus nos ensinou: “o meu Reino não é deste mundo” (Jo 18.36).


É notória a total entrega do apóstolo: muitas perseguições, provações, injustiças, plantações e confirmações de igrejas.


II – A DOUTRINA BÍBLICA DE PAULO SOBRE A VOLTA DO SENHOR


1. A volta do Senhor em 1 Tessalonicenses.

O capítulo 5 de 1 Tessalonicenses inicia com uma conjunção “mas” para retomar a ideia lógica do capítulo 4 em que Paulo fala sobre a ressurreição dos mortos em Cristo na mesma ocasião em que ocorrerá o arrebatamento dos vivos em Cristo. Assim, o capítulo 5 é a continuidade acerca do assunto da parousia, ou seja, a volta do nosso Senhor, iniciado no capítulo 4.

2. As duas fases dessa vinda.

A volta de Cristo se dará em duas fases. A primeira, apenas para os salvos, em que nosso Senhor virá nas nuvens para se encontrar com a sua Noiva, a Igreja (1 Ts 4.15,16). O apóstolo nos mostra que nessa ocasião, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro e os vivos serão arrebatados para estarem com o Senhor nos ares. Essa fase é invisível para o mundo, nenhum olho verá, somente os dos salvos. Entretanto, na segunda fase da vinda do Senhor “todo o olho verá” (Ap 1.7). Será uma chegada em que nosso Senhor descerá em glória e, literalmente, será visto pelo mundo todo e, especialmente, pelos judeus (Zc 14.2,3). Nessa ocasião, Jesus Cristo livrará pessoalmente a nação de Israel dos exércitos confederados pelo Anticristo, desfazendo-os com o seu poder, e vencendo o Anticristo, o Falso Profeta e o Diabo para implantar o reino do Milênio (Ap 19.11-16).


A Igreja de Cristo nasceu no fogo e debaixo da promessa de sua volta (At 1.8,11)

3. Sobre a Grande Tribulação.

Não passaremos pelo período do juízo divino, denominado de a Grande Tribulação. A Igreja de nosso Senhor será retirada antes do período de derramamento do santo juízo. Quando o Anticristo instalar o seu governo mundial, não estaremos mais aqui. Ao final desse período, juntos de Cristo, contemplaremos a destruição do Anticristo e do Falso Profeta no Lago de Fogo (Ap 19.20). Esse ensinamento mostra aos tessalonicenses, bem como a igreja atual, que vale a pena confiar e esperar a volta do Senhor.


SÍNTESE DO TÓPICO II

A volta de Cristo se dará em duas fases: primeira, somente para os santos; segunda, para todos os homens.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“A Bíblia indica dois aspectos da Segunda Vinda de Cristo. Por um lado, Ele virá como Preservador, Libertador ou Protetor ‘da ira vindoura’ (1 Ts 1.10). ‘Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira’ (Rm 5.9). Devemos manter-nos espiritualmente vigilantes, viver a vida sóbria, equilibrada com domínio próprio, e usar a armadura do Evangelho: a fé, o amor e a esperança da salvação, ‘porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele. Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos outros’ (1 Ts 5.9-11).

 

[...] Por outro lado, a justiça de Deus será vindicada ‘quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu, com os anjos do seu poder, como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo... quando vier para ser glorificado nos seus santos e para se fazer admirável, naquele dia, em todos os que creem’ (2 Ts 1.7,8,10)” (Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.632,33).


CONHEÇA MAIS

*Sobre as Duas Fases da Segunda Vinda

“Arrebatamento. [Se dará] nos ares, Cristo vem para aqueles que lhe pertencem.

Manifestação Gloriosa. Cristo vem à terra com aqueles que lhe pertencem.” Para ler mais, consulte a Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica, editada pela CPAD, p.415


III – DOS TEMPOS E DAS ESTAÇÕES ATÉ A VOLTA DO SENHOR


1.  Uma atenção à expressão “dos tempos e das estações”.

Os termos “tempos e estações” também foram usados pelo Senhor Jesus em seu último discurso aos seus discípulos, logo depois de sua ressurreição: “Não vos pertence saber os tempos e as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” (At 1.7 - Grifos nosso). Tanto os termos em 1 Tessalonicenses quanto em Atos dos Apóstolos trazem a noção da iminência da volta do Senhor. Por isso, devemos viver em vigilância em todo tempo, não procurando adivinhar datas ou períodos, pois não sabemos o dia nem a hora que o nosso Senhor há de voltar.


2. Uma dimensão do Espírito; uma dimensão do porvir.

Entretanto, as Escrituras Sagradas mostram que o derramamento do Espírito Santo em Pentecoste anuncia os últimos dias (At 1.5; cf. Jl 2.30). Ora, o Espírito na vida da Igreja é um anúncio de que brevemente o Senhor Jesus voltará. Não por acaso, em Atos 1.11 há esta gloriosa promessa: “Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido no céu, há de vir assim como para o céu o viste ir”.


3. Espírito e Porvir: temas da nossa pregação.

Como pentecostais clássicos, a promessa do Batismo no Espírito Santo com evidência de falar em línguas deve estar em nossos lábios. Preguemos sobre isso, estimulemos a igreja a buscar essa promessa. Todavia, a promessa da bendita esperança deve estar em nossa proclamação. Não deixemos de dizer: Jesus em breve voltará. A Igreja de Cristo nasceu no fogo e debaixo da promessa de sua volta (At 1.8,11).


SÍNTESE DO TÓPICO III

A mensagem pentecostal traz consigo o poder do Espírito e a esperança no porvir.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“O desejo do apóstolo Paulo não era estar com Abraão, mas, sim, com o Senhor. Indicou que tão logo se ausentasse do corpo (ao morrer), estaria presente com o Senhor (2 Co 5.6-9; Fp 1.23). Essa foi a promessa de Jesus ao ladrão moribundo na cruz: ‘Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso’ (Lc 23.43). Numa visão, Paulo foi arrebatado ao terceiro céu, que também chama de Paraíso (2 Co 12.1-5). Jesus diz que se trata de um lugar preparado, onde há bastante espaço (Jo 14.2). É um lugar de grande alegria, de comunhão com Cristo e com os irmãos na fé, que ressoa adorações e cânticos (Ap 4.10,11; 5.8-14; 14.2,3; 15.2-4).

[...] Paulo ansiava pelo corpo ressurreto que será imortal, que não estará sujeito à morte nem à decadência” (Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.622).


CONCLUSÃO

A bendita esperança de Paulo deve ser a nossa. Ao longo do ministério do apóstolo, somos estimulados a viver no Espírito e, ao mesmo tempo, em vigilância, preparando-nos para o encontro com o nosso Senhor. Que vivamos no Espírito, aguardando a bendita esperança. O Senhor Jesus pode voltar a qualquer momento para arrebatar a sua Noiva. Andemos, pois, no Espírito.


PARA REFLETIR

A respeito de “A Gloriosa Esperança do Apóstolo”, responda:


Como o apóstolo via o seu martírio iminente?

O apóstolo via o seu martírio iminente como uma oferta apresentada sobre o altar do sacrifício.


Que combate devemos combater?

Resposta pessoal.


Qual assunto é tratado nos capítulos 4 e 5 de 1 Tessalonicenses?

O capítulo 5 é a continuidade acerca do assunto da parousia, ou seja, a volta do nosso Senhor, iniciado no capítulo 4.


A Igreja passará pela Grande Tribulação?

Não passaremos pelo período do juízo divino, denominado de a Grande Tribulação. A Igreja de nosso Senhor será retirada antes do período de derramamento do santo juízo.


O que as Escrituras mostram sobre a relação do Batismo no Espírito Santo com os últimos dias?

As Escrituras Sagradas mostram que o derramamento do Espírito Santo em Pentecoste anuncia os últimos dias (At 1.5; cf. Jl 2.30).

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EBD - Lição 6: O Ministério de Apóstolo


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🎯 Lições Bíblicas Adultos 2º trimestre de 2021, CPAD

🎯 Assunto: Dons Espirituais e Ministeriais — Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário

🎯 Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima

 

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TEXTO ÁUREO

"E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores" (Ef 4.11).

VERDADE PRÁTICA

O dom do apostolado foi concedido por Deus à igreja com o propósito de expandir o Evangelho de Cristo.

Lição 6: O Ministério de Apóstolo [2° trim. 2021 - ÁUDIO 👇 LIÇÃO]

HINOS SUGERIDOS 96, 149, 355

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Hb 3.1

Jesus, o apóstolo por excelência

Terça – 2 Co 12.12

Sinais do apostolado

Quarta – At 2.42

A doutrina dos apóstolos

Quinta – 1 Tm 1.1

Paulo, apóstolo de Jesus Cristo

Sexta – 1 Co 4.9

Apóstolo, uma missão sacrifical

Sábado – Lc 6.12-16

Os doze apóstolos de Cristo

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Efésios 4.7-16


INTERAÇÃO

Prezado professor, já estudamos nas lições anteriores os dons espirituais de poder, de elocução e de revelação.  A partir da lição desta semana você terá a oportunidade ímpar de estudar e ensinar a respeito dos dons ministeriais. Estes dons se encontram relacionados em Efésios 4.11. Estas dádivas divinas são igualmente importantes e necessárias para que a igreja cumpra a sua missão neste mundo e os crentes cresçam "na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo" (2 Pe 3.18). Sabemos que o ministério apostólico, segundo os moldes do colégio dos doze, não existe mais, todavia o dom ministerial descrito em Efésios 4.11 continua.


OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

I. Analisar biblicamente o colégio apostólico. 

II. Descrever  o ministério apostólico de Paulo.

III. Conscientizar-se a respeito da apostolicidade atual.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, para introduzir a lição de forma dinâmica, faça a seguinte indagação: "Quais são os dons ministeriais?" Ouça os alunos com atenção e em seguida leia a relação descrita em Efésios 4.11. Depois, utilizando o quadro abaixo, explique a respeito do termo apóstolo e faça um pequeno resumo a respeito deste dom. Enfatize que Deus continua levantando apóstolos em nosso tempo. Conclua orando para que o Senhor distribua este dom entre os seus alunos.

DOM APOSTÓLICO – Efésios 4.11

Apóstolo - “Aquele que é enviado”.

O verdadeiro apóstolo - Baseia-se na pessoa e obra de Jesus Cristo, o Apóstolo por excelência (Hb 3.1).

O Colégio Apostólico - O grupo dos doze primeiros discípulos enviados por Jesus

Os apóstolos atuais - Missionários enviados pela Igreja do Senhor

 

INTRODUÇÃO

A partir da lição desta semana estudaremos os Dons Ministeriais distribuídos por Deus à sua Igreja, objetivando desenvolver o caráter cristão da comunidade dos santos, tornando-o semelhante ao de Cristo (Ef 4.13). De acordo com as epístolas aos Efésios e aos Coríntios, são cinco os dons ministeriais concedidos por Deus à Igreja: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores (1 Co 12.27-29). Veremos o quanto esses ministérios são necessários a vida da igreja local para cumprir a missão ordenada pelo Senhor ante o mundo e, simultaneamente, crescer "na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (2 Pe 3.18). Mostrando a sequência de Efésios 4.11, iniciaremos o estudo pelo dom ministerial de apóstolo.

 

I. O COLÉGIO APOSTÓLICO

 

1. O termo "apóstolo".

O Dicionário Bíblico Wycliffe informa que o termo grego apostolos origina-se do verbo apostellein, que significa "enviar", "remeter". A palavra apóstolo, portanto, significa "aquele que é enviado", "mensageiro", "oficialmente comissionado por Cristo". Ao longo do Novo Testamento, o verdadeiro apóstolo é enviado por Cristo igualmente como o Filho foi enviado pelo Pai com a missão de  salvar o pecador com autoridade, poder, graça e amor. O verdadeiro apostolado baseia-se na pessoa e obra de Jesus, o Apóstolo por excelência (Hb 3.1).

2. O colégio apostólico.

Entende-se por colégio apostólico o grupo dos doze primeiros discípulos de Jesus convidados por Ele a auxiliarem o seu ministério terreno. O Salvador os separou e nomeou. Os primeiros escolhidos não eram homens perfeitos, mas foram vocacionados a levar a mensagem do Evangelho a todo o mundo (Mt 28.19,20; Mc 16.15-20). De acordo com Stanley Horton, eles foram habilitados a exercer "o ministério quando do estabelecimento da Igreja (At 1.20,25,26)". Em outras palavras, os doze apóstolos constituíram a base ministerial para o desenvolvimento e a expansão da Igreja no mundo. Mas antes, como nos mostra a Palavra de Deus, receberam o batismo com o Espírito Santo (Lc 24.49; At 1.8; 2.1-46).

3. A singularidade dos doze.

Aqui é importante ressaltar que o apostolado dos doze tem uma conotação bem singular em relação aos demais encontrados em Atos e também nas epístolas paulinas.

a) Eles foram convocados pessoalmente pelo Senhor. Multidões seguiam Jesus por onde Ele passava (Mt 4.25), e muitos se tornavam seguidores do Mestre. Mas para iniciar o trabalho da Grande Comissão, apenas doze foram convocados pessoalmente por Ele (Mt 10.1; Lc 6.13).

b) Andaram com Jesus durante todo o seu ministério.

Desde o batismo do Senhor até a crucificação, os doze andaram com o Mestre, aprenderam e conviveram com Ele (Mc 6.7; Jo 6.66-71; At 1.21-23).

c) Receberam autoridade do Senhor (Jo 20.21-23). Os doze receberam de Jesus um mandato especial para prosseguirem com a obra de evangelização. Eles foram revestidos de autoridade de Deus para expulsar os demônios, curar os enfermos e pregar o Evangelho à humanidade (Mc 16.17,18; cf. At 2.4). 

 

SINOPSE DO TÓPICO (1)

O verdadeiro apostolado é centrado única e exclusivamente em Jesus Cristo, pois Ele é o Apóstolo enviado pelo Pai.

 

II. O APÓSTOLO PAULO

 

1. Saulo e sua conversão.

Saulo foi um judeu de cidadania romana, educado "aos pés de Gamaliel", e também um importante mestre do judaísmo (At 22.3,25). Ele era intelectual, fariseu e foi perseguidor dos cristãos. Entretanto, a caminho de Damasco, em busca dos cristãos que haviam fugido devido à perseguição em Jerusalém, e com carta de autorização para prendê-los, Saulo teve uma experiência com o Cristo ressurreto (At 9.1-22). A sua vida foi inteiramente transformada a partir desse encontro pessoal com Jesus. De perseguidor, passou a perseguido; de Saulo, o fariseu, a Paulo, o apóstolo dos gentios.

 

2. Um homem preparado para servir.

Dos vinte sete livros do Novo Testamento, treze foram escritos pelo apóstolo Paulo. Quão grande tratado teológico encontramos em sua Epístola aos Romanos! O seu legado teológico foi grandioso para o cristianismo. Mas para além da intelectualidade teológica, o apóstolo dos gentios levou uma vida de sofrimento por causa da pregação do Cristo ressurreto. Eis a declaração apostólica que denota tal verdade: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé" (2 Tm 4.7).

 

3. "O menor dos apóstolos".

O apóstolo Paulo não pertencia ao colégio dos doze. Ele não andou com Jesus em seu ministério terreno nem testemunhou a ressurreição do Senhor - requisitos indispensáveis para o grupo dos doze (At 1.21-23). Humildemente, o apóstolo reconheceu que não merecia ser assim chamado, pois considerava-se um "abortivo", como que nascido fora de tempo, o menor de todos (1 Co 15.8,9). Entretanto, o Senhor se revelou a ele ressurreto (At 9.4,5) e ensinou-lhe todas as coisas. O apóstolo recebeu o Evangelho diretamente do Senhor (Gl 1.6-24; 1 Co 11.23). Embora o colégio apostólico tenha reconhecido o apostolado paulino (Gl 2.6-10; 2 Pe 3.14-16), as igrejas plantadas por ele eram o selo do seu ministério apostólico (1 Co 9.2).

 

SINOPSE DO TÓPICO (2)

Paulo viu o Cristo ressurreto. Esta era a sua credencial apostólica.

 

III. APOSTOLICIDADE ATUAL (Ef 4.11)

 

1. Ainda há apóstolos?

No sentido estrito do termo, e de acordo com a sua singularidade, apóstolos como os doze não mais existem. A Palavra de Deus diz que durante o milênio, os doze se assentarão sobre tronos para julgar as doze tribos de Israel (Mt 19.28). Os seus nomes também estarão registrados nos doze fundamentos da cidade santa (Ap 21.12-14). Logo, o colégio apostólico foi formado por um grupo limitado de discípulos, não havendo, portanto, uma sucessão apostólica.  

2. Apóstolos fora dos doze.

A carta aos Efésios apresenta a vigência do dom ministerial de apóstolo. O teólogo Stanley Horton informa-nos que "o Novo Testamento indica que havia outros apóstolos que também haviam sido dados como dons à Igreja. Entre estes se acham Paulo e Barnabé (At 14.4,14, bem como os parentes de Paulo, Andrônico e Júnia (Rm 16.7)". Ao longo do Novo Testamento, e no primeiro século da Igreja, o termo apóstolo recebeu um significado mais amplo, de um dom ministerial distribuído à igreja local (Dicionário Vine).  

3. O ministério apostólico atual.

Não há sucessão apostólica. Esta é uma doutrina formada pela igreja romana e, infelizmente, copiada por algumas evangélicas para justificar a existência do poder papal. O ministério dos doze não se repete mais. O que há é o ministério de caráter apostólico. Atualmente, missionários enviados para evangelizar povos não alcançados pelo Evangelho são dignos de serem reconhecidos como verdadeiros apóstolos de Cristo. Homens como John Wesley, William Carey (cognominado "pai das missões modernas"), Hudson Taylor,  D. L. Moody, Gunnar Vingren, Daniel Berg, "irmão André" e tantos outros, em tempos recentes, foram verdadeiros desbravadores apostólicos. Cidades e até países foram impactados pela instrumentalidade desses servos de Deus.

 

SINOPSE DO TÓPICO (3) 

Segundo Efésios 4.11 o dom ministerial de apóstolo está em plena vigência na igreja atual.

 

CONCLUSÃO

Nos moldes do colégio dos doze, o ministério apostólico não existe atualmente. Entretanto, o dom ministerial de apóstolo citado por Paulo em Efésios 4.11 está em plena vigência. Pastores experimentados, evangelistas e missionários que desbravaram os rincões do nosso país ou em países inimigos do Evangelho, são pessoas portadoras desse dom ministerial. São os verdadeiros apóstolos da Igreja de Cristo hoje.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - I

"Jesus é o supremo Sumo Sacerdote e Apóstolo (Hb 3.1).

A palavra apóstolo era usada, no entanto, para qualquer mensageiro nomeado e comissionado a algum propósito. Epafrodito foi um mensageiro (apóstolo) nomeado pela igreja em Filipos e enviado a Paulo (Fp 2.25). Os companheiros de Paulo eram os mensageiros (apóstolos) enviados pelas igrejas e por elas comissionados (2 Co 8.23).

 

Os doze, apenas, eram apóstolos específicos. Depois de uma noite em oração, Jesus os escolheu do meio de um grupo de discípulos e os chamou apóstolos (Lc 6.13). Pedro recomendou que os doze tinham um ministério e supervisão especiais (At 2. 20,25,26), provavelmente tendo em mente a promessa de que eles futuramente julgariam (governariam) as 12 tribos de Israel (Mt 19.28). Sendo assim, nenhum apóstolo foi escolhido, depois de Matias, para estar entre os doze. Nem foram nomeados substitutos, quando estes foram martirizados. Na Nova Jerusalém há apenas 12 alicerces, com os nomes dos 12 apóstolos inscritos neles (Ap 21.14).

Os doze, portanto, eram um grupo limitado, e realizavam uma função especial na pregação, no ensino e no estabelecimento da Igreja, além de testificar da ressurreição de Cristo, com poder. Ninguém mais pode ser um apóstolo no sentido em que eles foram" (HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.287).

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - II

"APÓSTOLO

Os apóstolos foram testemunhas oculares das atividades de Jesus na terra e consequentemente testificaram que Jesus era o Senhor ressurrecto (Lc 24.45-48; 1 Jo 1.1-3). Os pré-requisitos para a substituição apostólica nesta função única são dados em At 1.21,22. A lista de apóstolos de Lucas (Lc 6.14-16; At 1.13) corresponde à lista dos doze dadas em Mateus 10.2-4 e Marcos 3.16-19. Mateus lista os discípulos aos pares, supostamente como enviados por Jesus. Tadeu (em Mateus e Marcos) era idêntico a Judas o filho de Tiago (em Lucas). Pedro, Tiago e João formavam um círculo íntimo dentre os doze, e estavam presentes no episódio da transfiguração (Mt 17.1-9; Mc 9.2-10; Lc 9.28-36) e no Getsêmani (Mt 26.36-46; Mc 14.32-42; Lc 22.39-46). Os doze foram selecionados para ser os companheiros de Jesus e proclamar o Evangelho (Mc 3.14). Durante o ministério de Jesus, os doze serviram como seus representantes, uma função compartilhada por outros (Lc 10.1).

Aparentemente, a posição dos apóstolos não foi fixada permanentemente antes da ressurreição (Mt 19.28-30; Lc 22.28-34; cf. Jo 21.15-18). O Cristo ressurrecto fez deste grupo seleto de testemunhas do seu ministério e ressurreição, apóstolos e testemunhas permanentes de que Ele é o Senhor, os comissionou como missionários, os instruiu a ensinar e batizar (Mt 28.18-20; Mc 16.15-18; Lc 24.46-48), e completou o processo com o envio do Espírito Santo no Pentecostes (Lc 24.49; At 1.1-8; 2.1-13). No período inicial, os 12 apóstolos eram os únicos ensinadores e líderes da igreja, e outros ofícios foram derivados deles (At 6.1-6; 15.4). O apostolado não implicava em uma liderança permanente. Embora Pedro tenha iniciado missões aos judeus (Atos 2) e aos gentios (At 10.11 1.18), Tiago o substituiu como líder entre os judeus, e Paulo como líder entre os gentios.

Os membros da igreja são sacerdotes, reis, servos de Deus e santos que usam seus dons para a edificação da igreja como um todo (1 Co 12.1-11; 1 Pe 2.9; Ap 1.6; 5.8,10; 7.3) e, como os apóstolos, são mediadores de Cristo (Mt 25.40,45; Mc 9.37; Lc 9.48) e reinarão com Ele (Ap 3.21).

 

EXERCÍCIOS

1. Segundo as epístolas aos Efésios e aos Coríntios, quantos e quais são os dons ministeriais?

R. São cinco dons: Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores.

 

2. De acordo com o Dicionário Bíblico Wycliffe, defina o termo grego apóstolos.

R. Apóstolos origina do verbo apostellein que diz respeito a "enviar", "remeter".

 

3. Qual era a cidadania do apóstolo Paulo?

R. Ele era judeu de cidadania romana.

 

4. De acordo com a lição, ainda existem apóstolos?

R. Nos moldes do colégio dos doze, o ministério apostólico não existe mais. Todavia o dom ministerial de apóstolo citado em Efésios 4.11 está em plena vigência.

 

5. Na atualidade, quem são os verdadeiros apóstolos?

R. Os missionários.

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