A avaliação escolar: instrumento de aperfeiçoamento das práticas de ensino

O processo de avaliação é para muitos um momento de extremo nervosismo, porquanto há uma expectativa nos alunos em corresponder às exigências da matéria no que diz respeito aos conteúdos aplicados em aula. De outro modo, professores e educadores que estão envolvidos neste processo sofrem com o desgaste em aplicar e corrigir as provas que servirão como instrumento para medir o nível de aprendizado dos alunos. Para que a avaliação seja realizada de forma justa e com sucesso é preciso compreender em que consiste a avaliação e quais os critérios que serão utilizados na hora de avaliar. Sem contar que os objetivos da avaliação não devem ter como foco apenas os alunos, mas também o trabalho realizado pelo professor, visando o aperfeiçoamento da prática docente. O professor que preza pela qualidade do ensino na Escola Dominical não pode desconsiderar este importante aspecto da prática docente.

Veja também - Novas Lições Dominical: 


O que é avaliar?

Por muito tempo, profissionais da área do ensino compreendiam o ato de avaliar apenas como um instrumento de verificação do nível de aprendizado dos alunos. Nesta época, não se considerava as implicações do processo com um todo, o ato de avaliar resumia-se apenas a considerar a capacidade dos alunos em memorizar e aplicar os conhecimentos lecionados em aula. Diga-se de passagem, tal postura desses educadores tinha como objetivo apenas transmitir de forma "bancária" as informações inerentes aos conteúdos do currículo escolar, sem considerar as possíveis dúvidas e críticas aguçadas pela criatividade e curiosidade dos alunos.

Esse tipo de comportamento dos educadores procrastinou o avanço no processo de ensino- -aprendizagem, tendo em vista que não se pensava em outras formas de avaliação com foco em melhores resultados para a educação. Para tanto, é preciso compreender o conceito de avaliação e definir quais critérios devem ser aplicados neste processo tendo como objetivos não somente elevar o nível de aprendizagem do aluno, mas também identificar que aspectos do trabalho docente devem ser aperfeiçoados de modo que o professor ofereça um ensino de melhor qualidade.

Como já mencionado anteriormente, avaliar não se resume à verificação, aferição, medição em certas ocasiões. Antes o ato de avaliar vai além de apenas registrar a capacidade de acerto ou a margem de erro dos alunos. Avaliar, de acordo com (HAYDT, 2002), "consiste na coleta de dados quantitativos e qualitativos e na interpretação desses resultados com base em critérios previamente definidos".

Veja que para este autor o ato de avaliar não se limita ao aspecto quantitativo, embora seja indispensável à aferição dos resultados em valores e a definição de uma média adequada que sirva de parâmetro para determinar o nível de aprendizado atingido pelo aluno. Entretanto, a qualidade em que o aluno processa as informações e as transforma em conhecimento para si implica no significado que tais conteúdos representam para sua dinâmica de vida. Sendo assim, aprender de forma interessante é fundamental para agregar valores e aplicar os conhecimentos à própria realidade. Note a importância da avaliação para o direcionamento dos conteúdos que estão sendo ensinados e, também, para a forma como são ensinados.

A avaliação como instrumento de aperfeiçoamento do trabalho docente

O ato de ensinar é uma prática pedagógica que deve ser repensada constantemente. Muitos educadores pensam que somente após vencerem o currículo escolar é possível reservar tempo para rever quais os instrumentos que devem ser aplicados no direcionamento do trabalho docente. Contudo, o professor não pode desconsiderar que a natureza do planejamento é flexível, haja vista as circunstâncias que surgem ao longo das etapas do processo de ensino-aprendizagem.
Dentre os fatores que devem ser considerado ao longo deste processo são as características específicas de cada aluno e a forma como aprendem. Estudos revelam que nenhuma pessoa aprende da mesma forma que a outra, cada aluno possui um sistema de compreensão que define critérios particulares na hora de assimilar os conhecimentos.

De acordo com a teoria das "Múltiplas Inteligências" de Gardner (1985, apud NATEL et al, 2013, p. 144), "todos os indivíduos têm como parte de sua bagagem genética, habilidades básicas nas sete inteligências, com potenciais diversos em cada uma delas e, variações em seus desempenhos". Gardner questiona o fato de que se uma pessoa tem facilidade para dominar certo conhecimento não necessariamente significa que tenha mais inteligência, e sim que tal pessoa explora melhor as devidas competências exigidas para aprender o respectivo conteúdo e demonstra facilidade para aplicá-lo.

A teoria de Gardner provoca uma mudança completa no olhar do professor no que diz respeito à avaliação. O fato de alguns alunos apresentarem dificuldades para aprender certos conteúdos muitas vezes não é falta de empenho, e sim que certos aspectos específicos de cada aluno devem ser considerados na forma como esses conteúdos são apresentados, inclusive, na etapa de atividades.

Assim sendo, o professor que preza pela qualidade do ensino deve se prover das ferramentas adequadas para que a sua aula atinja os objetivos esperados. Para tanto, a avaliação não deve compreender apenas as capacidades de aprendizagem observadas no aluno, mas também atentar para a qualidade do ensino que o professor oferece. Deve-se questionar se os conteúdos são passíveis de serem assimilados, se os métodos aplicados, de fato, são os mais eficazes para cada ocasião, se os recursos utilizados: visuais, audiovisuais, manuseáveis, etc., são apropriados. Somente um exame criterioso e o interesse do professor em reconstruir a própria prática docente poderão determinar a evolução do seu trabalho.

Considerações finais


Concluímos, pois, que a qualidade do ensino é resultado de uma série de fatores que envolvem o ato de ensinar. A avaliação é uma prática pedagógica importante que compões este processo e não deve ser vista apenas como um instrumento para aferir notas. Mais do que isso, é uma prática que deve ser repensada constantemente, porquanto os alunos apresentam necessidades específicas quanto à aprendizagem em cada época. Por esse motivo os critérios de avaliação devem ser revisados a cada trimestre, pois não são apenas os alunos que devem ser alvos da avaliação. O professor também é integrante desse processo e toda vez que o seu aluno não atinge os níveis de aprendizagem esperado, deve ser autocrítico e humilde para reconhecer que o seu trabalho precisa ser revisto.
O professor de Escola Dominical deve entender que o seu trabalho é diametralmente pedagógico. No ato de ensinar o professor aprende enquanto ensina e qualifica o seu trabalho docente quando entende a necessidade de aperfeiçoamento. Que o amor pelo ensino atrelado ao empenho pela capacitação pedagógica seja o norte de cada professor que se preza a realizar um excelente trabalho na Escola Dominical.

Artigo: Thiago Santos | Extraído da Revista Ensinador Cristão. - 4º trimestre de 2019; CPAD: Rio de Janeiro, 2019

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Lição 10 – A Mordomia das Finanças

Subsídio bíblico para a Escola Dominical - classe dos Adultos. Subsídio para a Lição: 10 | Revista do 3° trimestre de 2019 | Fonte: E-book Subsídios EBD Vol. 17 | Acesse aqui a continuação.

Introdução
“Não há como escapar do fato de que precisamos de uma certa quantia para viver neste mundo, mas o dinheiro, em si, não é a "solução mágica" para todos os problemas”. Portanto, neste estudo o mordomo de Cristo verá como usar o dinheiro na perspectiva bíblica. 
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Lição 1 - Conhecendo os Dois Livros de Samuel

Lições Bíblicas do 4° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 6 de Outubro de 2019.

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Confira o Áudio Lição


TEXTO ÁUREO
"E disse ela: Ache a tua serva graça em teus olhos. Assim, a mulher se foi seu caminho e comeu, e o seu semblante já não era triste." (1Sm 1.18)
VERDADE PRÁTICA
Nos livros de Samuel, aprendemos a servir, a adorar e a amar a Deus de todo o coração, apesar das circunstâncias adversas.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Tm 3.16: A Bíblia, por ser inspirada por Deus, fala-nos à alma
Terça - Gn 18.12: Deus abençoa homens e mulheres imperfeitos
Quarta -1 Sm 13: Sempre há bênçãos para quem vai à Casa de Deus
Quinta - Rm 12.19: Não reajamos às provocações
Sexta - 1 Sm 2.12-18: Mantenhamos a fidelidade a Deus, apesar da apostasia reinante
Sábado - Dt 28.1,2: A obediência a Deus é a chave para o verdadeiro sucesso

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Samuel 1.1-8
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Um camelo pelo fundo da Agulha

E, outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus (Mt 19.24)”.
O jovem rico amava tanto as suas riquezas que elas lhe serviram de impedimento para aceitar a vida eterna oferecida pelo Pilho de Deus.

Ao falar sobre a impossibilidade desse tipo de pessoas entrarem no reino de Deus, Jesus empregou a ilustração que é a impossibilidade de um camelo passar pelo buraco de uma agulha. 
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Lição 2: O Nascimento de um Líder Profético em Israel

Lições Bíblicas do 4° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 13 de Outubro de 2019.

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Confira o Áudio Lição


VEJA O SUBSÍDIO BÍBLICO 2

TEXTO ÁUREO
“E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e teve um filho, e chamou o seu nome Samuel, porque, dizia ela, o tenho pedido ao Senhor.” (1 Sm 1.20)
VERDADE PRÁTICA
O surgimento de pessoas vocacionadas, como Samuel, pode ser o resultado da oração, consagração e ensino dos pais no lar.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mt 7.7: Devemos perseverar em oração
Terça – Rm 12.1: Devemos oferecer sacrifício vivo a Deus
Quarta – 1 Pe 3.7: O marido deve conviver com entendimento com sua esposa
Quinta – Sl 50.14: Devemos cumprir os votos que fazemos a Deus
Sexta – Sl 103.1-3: Agradeçamos a Deus por tudo o que Ele nos dá
Sábado – Sl 127.3: Os filhos são herança do Senhor


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LIÇÃO 10 - PERMANEÇAM FIRMES NA PALAVRA DA VERDADE

Classe: Jovens | Trimestre: 3° de 2019 | Revista: Professor | Fonte: Lições Bíblicas de Jovens, CPAD
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TEXTO DO DIA
"Pelo que não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais, e estejais confirmados na presente verdade."
(2 Pe 1.12)
SÍNTESE

Somente firmados na inspirada, infalível e inerrante Palavra de Deus podemos identificar e rejeitar os falsos ensinamentos.
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Lição 10 - A Mordomia das Finanças

Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 8 de Setembro de 2019.
TEXTO ÁUREO
"Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." (Tm 6.10)

VERDADE PRÁTICA
O cristão deve ser grato a Deus por suas finanças, e lidar com o dinheiro
com sabedoria, prudência, comedimento e amor.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 1.12: Somos filhos de Deus
Terça - 1 Cr 29.14: Tudo o que temos vem de Deus
Quarta - Ap 3.17: A ilusão das riquezas
Quinta - Pv 28.20: Riqueza que prejudica
Sexta - Rm 13.7: O cristão deve pagar os impostos
Sábado - 1Tm 6.9,10: A avareza traz fracasso à fé
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Lição 5 - A mordomia da Igreja Local

Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 4 de Agosto de 2019.
TEXTO ÁUREO
“Escrevo-te estas coisas [...] para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade." (1 Tm 3.14,15)

VERDADE PRÁTICA
O cristão deve valorizar a igreja local como ambiente de adoração, comunhão e serviço ao Reino de Deus.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 16.18: Jesus edifica a sua Igreja
Terça - At 12.5: Uma igreja de oração
Quarta - Rm 16.5: A igreja em casa
Quinta -1 Co 4.17 Igreja, lugar de ensino
Sexta -1 Co 14.12: Igreja, lugar de edificação
Sábado - Ef 1.22: Jesus, o Cabeça da Igreja

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 9.31; 1 Coríntios 1.1,2; Hebreus 10.24,25
Atos 9
31 - Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galileia, e Samaria tinham paz e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo.

1      Coríntios 1
1        - Paulo (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus) e o irmão Sóstenes,
2        - à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus,
chamados santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso.

Hebreus 10
24      - E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras,
25      - não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia.

HINOS SUGERIDOS: 53,376, 530 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL
Expor que a igreja local é um ambiente de adoração, comunhão e serviço.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Apresentara mordomia dos bens espirituais;
II. Refletir sobre a mordomia da ação social da Igreja;
III. Conscientizar acerca da mordomia dos crentes na igreja Local.

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Já se perguntou a respeito de quem a igreja local é constituída? Uma pergunta sempre é especial para o início de uma reflexão. 4 nossa, nesta lição, é sobre a igreja local. Essa igreja, amada por muitos, mas "odiada" por outros. Há quem pense que se pode amar Cristo, mas não a sua Igreja. Uma das coisas mais significativas no Novo Testamento, a partir do ministério dos apóstolos, era o amor deles pela Igreja. Esse amor só foi possível por causa do exemplo maior de Jesus Cristo, o fundador da Igreja. Nesta lição, queremos que você seja encorajado a amar a Igreja, a servi-la e a defendê-la.

Veja a vídeo aula

PONTO CENTRAL
A igreja local é um ambiente de adoração, comunhão e serviço.

INTRODUÇÃO
A igreja local é formada por pessoas que se reúnem para adorar, congregar e servir a Deus. Nesta lição, refletiremos sobre as nossas responsabilidades quanto ao lugar no qual desenvolvemos nossa comunhão com o Pai Celeste e com os irmãos em Cristo. Que o Espírito Santo nos guie neste estudo!

I - A MORDOMIA DOS BENS ESPIRITUAIS

1. A mordomia e a valorização da Palavra de Deus.
Ao longo dos séculos, Deus confiou a proclamação de sua Palavra aos seus seguidores. Há mais de 1490 anos antes de Cristo, Deus falou com e por meio de Moisés (Êx 3.1-22; 17.14). Tempos depois, falou por intermédio de outros profetas a partir de Samuel até Malaquias. E, nos últimos dias, revelou-se através de seu Filho, Jesus Cristo (Hb 1.1).


Hoje, pastores, evangelistas, discipuladores e professores da Escola Dominical são os mordomos que cuidam da evangelização e do discipulado nas igrejas locais. Por isso, todos devem zelar pela Palavra de Deus, lendo-a, estudando-a em profundidade e realçando o seu inestimável e infinito valor.

Espera-se que, na liturgia do culto cristão, a Palavra de Deus tenha a primazia (Sl 119.11). Num culto, a pregação e o ensino da Bíblia Sagrada deve ter toda a prioridade. Se a mordomia da Palavra for negligenciada, os prejuízos espirituais da congregação serão grandes e, às vezes, irremediáveis.

2. A mordomia na evangelização e no discipulado.
Uma das melhores formas de se exercer a mordomia da Palavra de Deus é evangelizar todos os tipos de pessoas (Mc 16.15,16). De acordo com essa demanda, a Palavra de Deus deve ser proclamada "a tempo e fora de tempo" (2 Tm 4.2). Somente ela pode transformar o interior das pessoas.

Todavia, paralelo à evangelização, deve ocorrer o discipulado eficaz (Mt 28.19), que é a mordomia da Palavra exercida de maneira pessoal no curto, médio e longo prazos. Sem discipulado não há aprofundamento da fé, perseverança, fidelidade e maturidade cristã. Isso é o que as estatísticas missionárias revelam. Onde há real discipulado, a maior parte das pessoas permanece em Cristo. Mas, quando o discipulado é ignorado, esse dado cai vertiginosamente.

3. A mordomia no uso dos dons espirituais.
Os dons espirituais são concedidos por Deus para dar poder e unção à Igreja. Eles confirmam a pregação da Palavra, a fim de glorificar a Cristo. A Bíblia mostra que os dons espirituais foram confiados unicamente à Igreja, ou seja, aos salvos: "Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus" (1 Pe 4.10 - grifo meu).

Na Bíblia há orientação para o uso correto dos dons espirituais (1 Co 14.40). Por esse motivo, certas práticas estranhas ao Movimento Pentecostal não devem ser estimuladas nem toleradas no culto público, tais como marchar, pular, rodopiar ao som de batidas, correr de um Lado para outro, sapatear, fazer "aviõezinhos" etc. Segundo a Bíblia, isso é meninice, imaturidade e, muitas vezes, revela apenas carnalidade e infantilidade (1 Co 3.1).

SÍNTESE DO TÓPICO I
A mordomia dos bens espirituais envolve a valorização da Palavra de Deus, a evangelização, o discipulado e o uso dos dons espirituais.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Quantos minutos você gasta por dia para Ler a Bíblia e orar? Quantas vezes na semana você evangeliza uma pessoa? Você acompanha algum novo convertido na sua igreja local? Você se preocupa com o exercício dos dons espirituais na sua igreja? Você tem algum dom espiritual?

Essas são algumas perguntas que sugerimos para o início da exposição deste primeiro tópico. A ideia é que a classe pense com seriedade acerca dessa disciplina indispensável ao crente. O que permeia essas perguntas é encontrado na vida de muitos cristãos santos que gastaram suas vidas para ler a Bíblia, orar, evangelizar, discipular, exercer os dons espirituais: mordomia espiritual. Assim, estimule seus alunos a seguir os exemplos desses servos abnegados.
CONSULTE
II - A MORDOMIA DA AÇÃO SOCIAL DA IGREJA

1. A assistência social no Antigo Testamento.
No Antigo Testamento, encontramos o fundamento para a obra de assistência social:

1.1.    Nos salmos.
Davi, homem de Deus, analisando a situação do próximo, afirmou: "Fui moço, e agora sou velho, mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão" (Sl 37.25). Certamente, já com idade avançada, o salmista podia concluir que o "Jeová Jiré" não desampara jamais aqueles que o servem (Sl 82.3,4).

1.2. Nos provérbios.
O sábio escreveu: "Informa-se o justo da causa do pobre, mas o ímpio não compreende isso" (Pv 29.7). O texto mostra que não podemos nos omitir quanto à necessidade de nossos irmãos.

1.3. Nos profetas.
Isaías, o profeta messiânico, clamou pelos necessitados (Is 1.17). Jeremias, o "profeta das lágrimas", falou em defesa dos oprimidos (Jr 22.3). O profeta Ezequiel não deixou de contribuir, protestando contra Jerusalém, pela sua omissão em atender aos pobres (Ez 16.49). Zacarias foi usado por Deus de igual modo para exortar sobre o cuidado com os necessitados, incluindo órfãos, viúvas e estrangeiros (Zc 7.9,10).

2. Assistência social no Novo Testamento.
Aqui também encontramos fundamentos para a obra de assistência social:

2.1. Nos Evangelhos.
Jesus, em seu ministério, multiplicou pães e peixes duas vezes para alimentar as multidões (Mt 14.13-21; Mt 15.29-39). Isso indica que Jesus deu muita importância à necessidade de socorrer os famintos. Assim, na igreja local, os cristãos têm o privilégio de prover o alimento necessário para aqueles que necessitam do pão cotidiano.

2.2. Nos Atos dos Apóstolos.
Os diáconos foram escolhidos para cuidar da assistência social da igreja. Tal trabalho foi considerado pelos apóstolos um "importante negócio" (At 6.1-6). Dentre as características da Igreja Primitiva, vemos que os crentes "tinham tudo em comum" (At 2.44,45).

2.3. Nas Epístolas.
O apóstolo Paulo, ensinando sobre os dons, dá ênfase ao ministério de socorro aos pobres e carentes (Rm 12.8). O apóstolo Tiago, de início, em sua carta, já afirma que a verdadeira religião é visitar os órfãos e as viúvas e guardar-se da corrupção (Tg 1.27), pois "a fé sem as obras é morta em si mesma" (Tg 2.17).

3. Agindo para glória de Deus e o alívio do próximo.
Não precisamos, portanto, do Socialismo, ou do Marxismo, ou da Teologia da Libertação (braço auxiliar do marxismo que dessacraliza o evangelho e politiza o Reino de Deus) para acolher e cuidar dos necessitados. Os representantes dessas ideologias usam um ideal supostamente nobre para escravizar pessoas e perpetuarem-se no poder. Infelizmente, o nosso país, bem como toda a América Latina, é vítima dessa ideologia nefasta.

O fundamento da igreja local para a prática social está nos salmistas, nos profetas, em Cristo e nos apóstolos, ou seja, em toda a Bíblia. A Igreja de Cristo deve socorrer os menos favorecidos porque o amor de Deus está em nós, e, portanto, devemos amar o nosso semelhante (Mc 12.30,31; cf. Gl 2.10).

Que estrutura as igrejas locais têm para atender os novos convertidos que se acham entre certos grupos: prostitutas, moradores de rua, drogados, famintos, deficientes e deprimidos? É preciso, à luz do exemplo do nosso Salvador, e dentro das nossas possibilidades (Ec 9.10), estruturar o mínimo de condições para resgatar tais segmentos. Sejamos zelosos na mordomia da ação social!

SÍNTESE DO TÓPICO II
A ação social no Antigo Testamento tem base nos livros dos Salmos, Provérbios e profetas; no Novo, nos evangelhos, nos Atos dos Apóstolos e nas epístolas.

SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
Diakonia ('Serviço', 'ministério'). São os esforços no serviço a Cristo que continuam o ministério encarnacional que realizou e que nos ajuda a realizar. O caráter desse ministério é servir; não imita o padrão da autoridade ou do propósito que este mundo impõe. A essência do ministério tem sido exemplificada por Cristo de uma vez para sempre (Mc 10.45) e, como consequência, servimos a Cristo por meio de servir à criação que está debaixo do seu senhorio.

A dimensão de serviço no ministério leva-nos, além de divulgar as boas-novas com denodo e coragem, a participar do desejo de Deus que é alcançar de modo prático os marginalizados da sociedade. As pessoas que não têm ninguém para pleitear a sua causa, e que se encontram desconsideradas e abandonadas, também foram criadas à imagem de Deus. A Igreja, revestida pelo poder do Espírito, terá de passar das palavras para ações se quer ver realizados os propósitos de Deus. Não poderá haver maneira de fugir deste fato: se vamos realmente servir no ministério continuado de Jesus Cristo, esse serviço deverá seguir o exemplo do seu ministério" (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.604).

Ill - A MORDOMIA DOS CRENTES NA IGREJA LOCAL

1. Em primeiro lugar é preciso congregar.
É notório o crescimento dos "desigrejados". Não temos espaço aqui para entrar em detalhes sobre o fenômeno. Entretanto, um dos maiores perigos deste movimento é esta falsa ideia: já que a "igreja sou eu", não preciso frequentar os cultos regulares, nem ser membro de uma igreja local.

Ora, não é isso o que a Bíblia ensina, mas exatamente o contrário: "não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns" (Hb 10.25). Quer sua igreja local seja grande, quer seja pequena, ou um ponto de pregação, alegre-se em orar com os irmãos, participar da ceia do Senhor, ouvir a Palavra de Deus, compartilhar os dons espirituais e assistir aos mais necessitados. Tenha a alegria de congregar! Ame a Cristo, o cabeça; mas ame também a Igreja, o seu corpo.

2. Líderes cristãos como mordomos.
Os pastores das igrejas locais, como mordomos cristãos, têm grande responsabilidade diante de Deus pelas almas que lhe são confiadas. Essa responsabilidade está amparada no próprio exemplo de Jesus. Nosso Senhor ensina-nos como cuidar das almas que o Pai nos confiou. Ele lavou os pés aos discípulos, e ensinou: "Entendeis o que vos tenho feito? [...] Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também" (Jo 13.12,15-grifo meu). Aqui, está claro que nenhum líder deve comportar-se como "maior que os outros", inacessíveis aos humildes servos do Senhor, mas todos devem fazer parte da "irmandade da bacia e da toalha". Essa perspectiva consciente da liderança evangélica é o mais eficaz antídoto contra o orgulho.

3. A mordomia dos membros e congregados.
Numa igreja local, além dos líderes terem uma responsabilidade específica, o membro do Corpo de Cristo deve ser útil à Obra do Senhor, exercendo a mordomia do Reino de Deus conforme a sua capacidade. Orando, louvando, testemunhando, evangelizando, visitando enfermos e afastados, liderando departamentos e realizando outras atividades. É preciso trabalhar "enquanto é dia" (Jo 9.4).

SÍNTESE DO TÓPICO III
A mordomia dos crentes na igreja local leva em conta a necessidade de congregar, os líderes e também os membros como mordomos do Reino de Deus.

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
Há vária passagens no Novo Testamento nas quais podemos ver uma descrição clara do que significa ser membro da igreja. Uma das seções mais volumosas está em 1 Coríntios 12 a 14. Em 1 Coríntios 12, Paulo explica a metáfora da igreja como um corpo com muitos membros. Em 1 Coríntios 13, ele estabelece o amor como a atitude e a ação centrais que todos os membros devem ter. E em 1 Coríntios 14, ele se volta à igreja em Corinto, cuja visão a respeito do conceito de membresia está equivocada.

Alguns líderes e membros da igreja entendem o conceito de membresia como um conceito organizacional ou ligado à administração. Por isso, eles refutam a ideia de que sua visão seja antibíblica. Contudo, o conceito de membresia é extremamente bíblico. A Bíblia explica 'membros' de um modo diferente da cultura secular. Por exemplo, observe o termo em 1 Coríntios 12.27,28:

'Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na igreja...'.

Você percebe a diferença? Os membros de uma igreja compõem o todo e são partes essenciais do todo [...]" (RAINER, Thom S, Eu Sou Membro de Igreja: Descobrindo a atitude que faz a diferença. Rio de janeiro: CPAD, 2018, p.25).

CONCLUSÃO

A mordomia na igreja Local abrange muitas tarefas. Precisamos saber a nossa vocação e perseverar nela para servir melhor ao Senhor e à sua Igreja. É um grande privilégio servir a Deus com os dons que Ele nos deu. Portanto, seja um mordomo fiel na igreja em que você congrega. Ame a Deus, ame ao próximo, ame à igreja e congregue com alegria. Valorize a igreja local.

PARA REFLETIR
A respeito de "A Mordomia da Igreja Local", responda:

1) Quem são os mordomos da Palavra de Deus, hoje?
Pastores, evangelistas, discipuladores e professores da Escola Dominical.

2) Qual a melhor maneira de se exercer a mordomia da Palavra de Deus?
Uma das melhores formas de exercer a mordomia da Palavra de Deus é evangelizar todos tipos de pessoas (Mc 16.15,16).

3) A quem foi confiada a grande mordomia dos dons espirituais?
A Bíblia mostra que os dons espirituais foram confiados unicamente à Igreja de Cristo, ou seja, aos salvos.

4) Em que está o fundamento para a nossa prática social?
O nosso fundamento para a prática social está nos salmistas, nos profetas, em Cristo e nos apóstolos, ou seja, na Bíblia.

5) Que grande lição Jesus deu aos apóstolos sobre a humildade?
Ele lavou os pés dos discípulos de maneira humilde.


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