O processo de avaliação é
para muitos um momento de extremo nervosismo, porquanto há uma expectativa nos
alunos em corresponder às exigências da matéria no que diz respeito aos
conteúdos aplicados em aula. De outro modo, professores e educadores que estão envolvidos
neste processo sofrem com o desgaste em aplicar e corrigir as provas que
servirão como instrumento para medir o nível de aprendizado dos alunos. Para
que a avaliação seja realizada de forma justa e com sucesso é preciso
compreender em que consiste a avaliação e quais os critérios que serão
utilizados na hora de avaliar. Sem contar que os objetivos da avaliação não
devem ter como foco apenas os alunos, mas também o trabalho realizado pelo
professor, visando o aperfeiçoamento da prática docente. O professor que preza
pela qualidade do ensino na Escola Dominical não pode desconsiderar este
importante aspecto da prática docente.
Por muito tempo,
profissionais da área do ensino compreendiam o ato de avaliar apenas como um
instrumento de verificação do nível de aprendizado dos alunos. Nesta época, não
se considerava as implicações do processo com um todo, o ato de avaliar
resumia-se apenas a considerar a capacidade dos alunos em memorizar e aplicar
os conhecimentos lecionados em aula. Diga-se de passagem, tal postura desses
educadores tinha como objetivo apenas transmitir de forma "bancária"
as informações inerentes aos conteúdos do currículo escolar, sem considerar as
possíveis dúvidas e críticas aguçadas pela criatividade e curiosidade dos
alunos.
Esse tipo de comportamento
dos educadores procrastinou o avanço no processo de ensino- -aprendizagem,
tendo em vista que não se pensava em outras formas de avaliação com foco em
melhores resultados para a educação. Para tanto, é preciso compreender o
conceito de avaliação e definir quais critérios devem ser aplicados neste
processo tendo como objetivos não somente elevar o nível de aprendizagem do
aluno, mas também identificar que aspectos do trabalho docente devem ser
aperfeiçoados de modo que o professor ofereça um ensino de melhor qualidade.
Como já mencionado
anteriormente, avaliar não se resume à verificação, aferição, medição em certas
ocasiões. Antes o ato de avaliar vai além de apenas registrar a capacidade de
acerto ou a margem de erro dos alunos. Avaliar, de acordo com (HAYDT, 2002),
"consiste na coleta de dados quantitativos e qualitativos e na
interpretação desses resultados com base em critérios previamente
definidos".
Veja que para este autor o
ato de avaliar não se limita ao aspecto quantitativo, embora seja indispensável
à aferição dos resultados em valores e a definição de uma média adequada que
sirva de parâmetro para determinar o nível de aprendizado atingido pelo aluno.
Entretanto, a qualidade em que o aluno processa as informações e as transforma
em conhecimento para si implica no significado que tais conteúdos representam
para sua dinâmica de vida. Sendo assim, aprender de forma interessante é
fundamental para agregar valores e aplicar os conhecimentos à própria
realidade. Note a importância da avaliação para o direcionamento dos conteúdos
que estão sendo ensinados e, também, para a forma como são ensinados.
A avaliação como instrumento de aperfeiçoamento do trabalho
docente
O ato de ensinar é uma
prática pedagógica que deve ser repensada constantemente. Muitos educadores
pensam que somente após vencerem o currículo escolar é possível reservar tempo
para rever quais os instrumentos que devem ser aplicados no direcionamento do
trabalho docente. Contudo, o professor não pode desconsiderar que a natureza do
planejamento é flexível, haja vista as circunstâncias que surgem ao longo das
etapas do processo de ensino-aprendizagem.
Dentre os fatores que devem
ser considerado ao longo deste processo são as características específicas de
cada aluno e a forma como aprendem. Estudos revelam que nenhuma pessoa aprende
da mesma forma que a outra, cada aluno possui um sistema de compreensão que
define critérios particulares na hora de assimilar os conhecimentos.
De acordo com a teoria das
"Múltiplas Inteligências" de Gardner (1985, apud NATEL et al, 2013,
p. 144), "todos os indivíduos têm como parte de sua bagagem genética,
habilidades básicas nas sete inteligências, com potenciais diversos em cada uma
delas e, variações em seus desempenhos". Gardner questiona o fato de que
se uma pessoa tem facilidade para dominar certo conhecimento não
necessariamente significa que tenha mais inteligência, e sim que tal pessoa
explora melhor as devidas competências exigidas para aprender o respectivo
conteúdo e demonstra facilidade para aplicá-lo.
A teoria de Gardner provoca
uma mudança completa no olhar do professor no que diz respeito à avaliação. O
fato de alguns alunos apresentarem dificuldades para aprender certos conteúdos
muitas vezes não é falta de empenho, e sim que certos aspectos específicos de
cada aluno devem ser considerados na forma como esses conteúdos são
apresentados, inclusive, na etapa de atividades.
Assim sendo, o professor que
preza pela qualidade do ensino deve se prover das ferramentas adequadas para
que a sua aula atinja os objetivos esperados. Para tanto, a avaliação não deve
compreender apenas as capacidades de aprendizagem observadas no aluno, mas
também atentar para a qualidade do ensino que o professor oferece. Deve-se
questionar se os conteúdos são passíveis de serem assimilados, se os métodos
aplicados, de fato, são os mais eficazes para cada ocasião, se os recursos
utilizados: visuais, audiovisuais, manuseáveis, etc., são apropriados. Somente
um exame criterioso e o interesse do professor em reconstruir a própria prática
docente poderão determinar a evolução do seu trabalho.
Considerações finais
Concluímos, pois, que a
qualidade do ensino é resultado de uma série de fatores que envolvem o ato de
ensinar. A avaliação é uma prática pedagógica importante que compões este
processo e não deve ser vista apenas como um instrumento para aferir notas.
Mais do que isso, é uma prática que deve ser repensada constantemente,
porquanto os alunos apresentam necessidades específicas quanto à aprendizagem
em cada época. Por esse motivo os critérios de avaliação devem ser revisados a
cada trimestre, pois não são apenas os alunos que devem ser alvos da avaliação.
O professor também é integrante desse processo e toda vez que o seu aluno não
atinge os níveis de aprendizagem esperado, deve ser autocrítico e humilde para
reconhecer que o seu trabalho precisa ser revisto.
O professor de Escola
Dominical deve entender que o seu trabalho é diametralmente pedagógico. No ato
de ensinar o professor aprende enquanto ensina e qualifica o seu trabalho
docente quando entende a necessidade de aperfeiçoamento. Que o amor pelo ensino
atrelado ao empenho pela capacitação pedagógica seja o norte de cada professor
que se preza a realizar um excelente trabalho na Escola Dominical.
Artigo: Thiago Santos | Extraído da Revista Ensinador Cristão. - 4º
trimestre de 2019; CPAD: Rio de Janeiro, 2019
Subsídio bíblico para
a Escola Dominical - classe dos Adultos. Subsídio para a Lição: 10 | Revista do 3°
trimestre de 2019 | Fonte: E-book Subsídios EBD Vol. 17 | Acesse aquia
continuação.
Introdução
“Não há como escapar do fato de que precisamos de
uma certa quantia para viver neste mundo, mas o dinheiro, em si, não é a
"solução mágica" para todos os problemas”. Portanto, neste estudo o
mordomo de Cristo verá como usar o dinheiro na perspectiva bíblica.
“E, outra vez vos digo que é mais fácil
passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de
Deus (Mt 19.24)”.
O jovem rico amava tanto as
suas riquezas que elas lhe serviram de impedimento para aceitar a vida eterna
oferecida pelo Pilho de Deus.
Ao falar sobre a
impossibilidade desse tipo de pessoas entrarem no reino de Deus, Jesus empregou
a ilustração que é a impossibilidade de um camelo passar pelo buraco de uma agulha.
“E sucedeu que, passado algum
tempo, Ana concebeu, e teve um filho, e chamou o seu nome Samuel, porque, dizia
ela, o tenho pedido ao Senhor.” (1 Sm 1.20)
VERDADE PRÁTICA
O
surgimento de pessoas vocacionadas, como Samuel, pode ser o resultado da
oração, consagração e ensino dos pais no lar.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda
– Mt 7.7: Devemos perseverar em oração
Terça
– Rm 12.1: Devemos oferecer sacrifício vivo a Deus
Quarta
– 1 Pe 3.7: O marido deve conviver com entendimento com
sua esposa
Quinta
– Sl 50.14: Devemos cumprir os votos que fazemos a Deus
Sexta
– Sl 103.1-3: Agradeçamos a Deus por tudo o que Ele nos dá
Sábado
– Sl 127.3: Os filhos são herança do Senhor
Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos
| Data da Aula: 8 de Setembro de 2019.
TEXTO ÁUREO
"Porque
o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se
desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." (Tm 6.10)
VERDADE PRÁTICA
O
cristão deve ser grato a Deus por suas finanças, e lidar com o dinheiro
Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos
| Data da Aula: 4 de Agosto de 2019.
TEXTO ÁUREO
“Escrevo-te
estas coisas [...] para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a
igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade." (1 Tm 3.14,15)
VERDADE PRÁTICA
O
cristão deve valorizar a igreja local como ambiente de adoração, comunhão e
serviço ao Reino de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda
- Mt 16.18: Jesus edifica a sua Igreja
Terça
- At 12.5: Uma igreja de oração
Quarta
- Rm 16.5: A igreja em casa
Quinta
-1 Co 4.17 Igreja, lugar de ensino
Sexta
-1 Co 14.12: Igreja, lugar de edificação
Sábado
- Ef 1.22: Jesus, o Cabeça da Igreja
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Atos 9.31; 1 Coríntios 1.1,2; Hebreus 10.24,25
Atos
9
31
- Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galileia, e Samaria tinham paz e
eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e na consolação
do Espírito Santo.
1Coríntios 1
1- Paulo (chamado apóstolo de Jesus
Cristo, pela vontade de Deus) e o irmão Sóstenes,
2- à igreja de Deus que está em Corinto,
aos santificados em Cristo Jesus,
chamados
santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus
Cristo, Senhor deles e nosso.
Hebreus
10
24- E consideremo-nos uns aos outros, para
nos estimularmos ao amor e às boas obras,
25- não deixando a nossa congregação, como é
costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto
vedes que se vai aproximando aquele Dia.
HINOS SUGERIDOS:
53,376, 530 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Expor
que a igreja local é um ambiente de adoração, comunhão e serviço.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Apresentara
mordomia dos bens espirituais;
II. Refletir sobre
a mordomia da ação social da Igreja;
III. Conscientizar
acerca da mordomia dos crentes na igreja Local.
• INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
Já se perguntou a respeito de quem a igreja local é constituída?
Uma pergunta sempre é especial para o início de uma reflexão. 4 nossa, nesta
lição, é sobre a igreja local. Essa igreja, amada por muitos, mas
"odiada" por outros. Há quem pense que se pode amar Cristo, mas não a
sua Igreja. Uma das coisas mais significativas no Novo Testamento, a partir do
ministério dos apóstolos, era o amor deles pela Igreja. Esse amor só foi
possível por causa do exemplo maior de Jesus Cristo, o fundador da Igreja.
Nesta lição, queremos que você seja encorajado a amar a Igreja, a servi-la e a
defendê-la.
Veja a vídeo aula
PONTO CENTRAL
A igreja local é um ambiente de adoração, comunhão e
serviço.
INTRODUÇÃO
A
igreja local é formada por pessoas que se reúnem para adorar, congregar e
servir a Deus. Nesta lição, refletiremos sobre as nossas responsabilidades
quanto ao lugar no qual desenvolvemos nossa comunhão com o Pai Celeste e com os
irmãos em Cristo. Que o Espírito Santo nos guie neste estudo!
I - A MORDOMIA DOS BENS
ESPIRITUAIS
1. A mordomia e a valorização
da Palavra de Deus.
Ao
longo dos séculos, Deus confiou a proclamação de sua Palavra aos seus
seguidores. Há mais de 1490 anos antes de Cristo, Deus falou com e por meio de
Moisés (Êx 3.1-22; 17.14). Tempos depois, falou por intermédio de outros
profetas a partir de Samuel até Malaquias. E, nos últimos dias, revelou-se
através de seu Filho, Jesus Cristo (Hb 1.1).
Hoje,
pastores, evangelistas, discipuladores e professores da Escola Dominical são os
mordomos que cuidam da evangelização e do discipulado nas igrejas locais. Por
isso, todos devem zelar pela Palavra de Deus, lendo-a, estudando-a em
profundidade e realçando o seu inestimável e infinito valor.
Espera-se
que, na liturgia do culto cristão, a Palavra de Deus tenha a primazia (Sl
119.11). Num culto, a pregação e o ensino da Bíblia Sagrada deve ter toda a
prioridade. Se a mordomia da Palavra for negligenciada, os prejuízos
espirituais da congregação serão grandes e, às vezes, irremediáveis.
2. A mordomia na evangelização
e no discipulado.
Uma
das melhores formas de se exercer a mordomia da Palavra de Deus é evangelizar
todos os tipos de pessoas (Mc 16.15,16). De acordo com essa demanda, a Palavra
de Deus deve ser proclamada "a tempo e fora de tempo" (2 Tm 4.2).
Somente ela pode transformar o interior das pessoas.
Todavia,
paralelo à evangelização, deve ocorrer o discipulado eficaz (Mt 28.19), que é a
mordomia da Palavra exercida de maneira pessoal no curto, médio e longo prazos.
Sem discipulado não há aprofundamento da fé, perseverança, fidelidade e
maturidade cristã. Isso é o que as estatísticas missionárias revelam. Onde há
real discipulado, a maior parte das pessoas permanece em Cristo. Mas, quando o
discipulado é ignorado, esse dado cai vertiginosamente.
3. A mordomia no uso dos dons
espirituais.
Os
dons espirituais são concedidos por Deus para dar poder e unção à Igreja. Eles
confirmam a pregação da Palavra, a fim de glorificar a Cristo. A Bíblia mostra
que os dons espirituais foram confiados unicamente à Igreja, ou seja, aos
salvos: "Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons
despenseiros da multiforme graça de Deus" (1 Pe 4.10 - grifo meu).
Na
Bíblia há orientação para o uso correto dos dons espirituais (1 Co 14.40). Por
esse motivo, certas práticas estranhas ao Movimento Pentecostal não devem ser
estimuladas nem toleradas no culto público, tais como marchar, pular, rodopiar
ao som de batidas, correr de um Lado para outro, sapatear, fazer
"aviõezinhos" etc. Segundo a Bíblia, isso é meninice, imaturidade e,
muitas vezes, revela apenas carnalidade e infantilidade (1 Co 3.1).
SÍNTESE DO TÓPICO I
A
mordomia dos bens espirituais envolve a valorização da Palavra de Deus, a
evangelização, o discipulado e o uso dos dons espirituais.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Quantos minutos você gasta por dia para Ler a Bíblia e orar?
Quantas vezes na semana você evangeliza uma pessoa? Você acompanha algum novo
convertido na sua igreja local? Você se preocupa com o exercício dos dons
espirituais na sua igreja? Você tem algum dom espiritual?
Essas são algumas perguntas que sugerimos para o início da
exposição deste primeiro tópico. A ideia é que a classe pense com seriedade
acerca dessa disciplina indispensável ao crente. O que permeia essas perguntas
é encontrado na vida de muitos cristãos santos que gastaram suas vidas para ler
a Bíblia, orar, evangelizar, discipular, exercer os dons espirituais: mordomia
espiritual. Assim, estimule seus alunos a seguir os exemplos desses servos
abnegados.
CONSULTE
II - A MORDOMIA DA AÇÃO
SOCIAL DA IGREJA
1. A assistência social no
Antigo Testamento.
No
Antigo Testamento, encontramos o fundamento para a obra de assistência social:
1.1.Nos salmos.
Davi,
homem de Deus, analisando a situação do próximo, afirmou: "Fui moço, e
agora sou velho, mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a
mendigar o pão" (Sl 37.25). Certamente, já com idade avançada, o salmista
podia concluir que o "Jeová Jiré" não desampara jamais aqueles que o
servem (Sl 82.3,4).
1.2.
Nos provérbios.
O
sábio escreveu: "Informa-se o justo da causa do pobre, mas o ímpio não
compreende isso" (Pv 29.7). O texto mostra que não podemos nos omitir
quanto à necessidade de nossos irmãos.
1.3.
Nos profetas.
Isaías,
o profeta messiânico, clamou pelos necessitados (Is 1.17). Jeremias, o
"profeta das lágrimas", falou em defesa dos oprimidos (Jr 22.3). O
profeta Ezequiel não deixou de contribuir, protestando contra Jerusalém, pela
sua omissão em atender aos pobres (Ez 16.49). Zacarias foi usado por Deus de
igual modo para exortar sobre o cuidado com os necessitados, incluindo órfãos,
viúvas e estrangeiros (Zc 7.9,10).
2. Assistência social no Novo
Testamento.
Aqui
também encontramos fundamentos para a obra de assistência social:
2.1.
Nos Evangelhos.
Jesus,
em seu ministério, multiplicou pães e peixes duas vezes para alimentar as
multidões (Mt 14.13-21; Mt 15.29-39). Isso indica que Jesus deu muita
importância à necessidade de socorrer os famintos. Assim, na igreja local, os
cristãos têm o privilégio de prover o alimento necessário para aqueles que
necessitam do pão cotidiano.
2.2.
Nos Atos dos Apóstolos.
Os
diáconos foram escolhidos para cuidar da assistência social da igreja. Tal
trabalho foi considerado pelos apóstolos um "importante negócio" (At
6.1-6). Dentre as características da Igreja Primitiva, vemos que os crentes
"tinham tudo em comum" (At 2.44,45).
2.3.
Nas Epístolas.
O
apóstolo Paulo, ensinando sobre os dons, dá ênfase ao ministério de socorro aos
pobres e carentes (Rm 12.8). O apóstolo Tiago, de início, em sua carta, já
afirma que a verdadeira religião é visitar os órfãos e as viúvas e guardar-se
da corrupção (Tg 1.27), pois "a fé sem as obras é morta em si mesma"
(Tg 2.17).
3.
Agindo para glória de Deus e o alívio do próximo.
Não
precisamos, portanto, do Socialismo, ou do Marxismo, ou da Teologia da
Libertação (braço auxiliar do marxismo que dessacraliza o evangelho e politiza
o Reino de Deus) para acolher e cuidar dos necessitados. Os representantes
dessas ideologias usam um ideal supostamente nobre para escravizar pessoas e
perpetuarem-se no poder. Infelizmente, o nosso país, bem como toda a América
Latina, é vítima dessa ideologia nefasta.
O
fundamento da igreja local para a prática social está nos salmistas, nos
profetas, em Cristo e nos apóstolos, ou seja, em toda a Bíblia. A Igreja de
Cristo deve socorrer os menos favorecidos porque o amor de Deus está em nós, e,
portanto, devemos amar o nosso semelhante (Mc 12.30,31; cf. Gl 2.10).
Que
estrutura as igrejas locais têm para atender os novos convertidos que se acham
entre certos grupos: prostitutas, moradores de rua, drogados, famintos,
deficientes e deprimidos? É preciso, à luz do exemplo do nosso Salvador, e
dentro das nossas possibilidades (Ec 9.10), estruturar o mínimo de condições
para resgatar tais segmentos. Sejamos zelosos na mordomia da ação social!
SÍNTESE DO TÓPICO II
A
ação social no Antigo Testamento tem base nos livros dos Salmos, Provérbios e
profetas; no Novo, nos evangelhos, nos Atos dos Apóstolos e nas epístolas.
SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
Diakonia ('Serviço',
'ministério'). São os esforços no serviço a Cristo que continuam o ministério
encarnacional que realizou e que nos ajuda a realizar. O caráter desse
ministério é servir; não imita o padrão da autoridade ou do propósito que este
mundo impõe. A essência do ministério tem sido exemplificada por Cristo de uma
vez para sempre (Mc 10.45) e, como consequência, servimos a Cristo por meio de
servir à criação que está debaixo do seu senhorio.
A dimensão de serviço no ministério leva-nos, além de divulgar
as boas-novas com denodo e coragem, a participar do desejo de Deus que é
alcançar de modo prático os marginalizados da sociedade. As pessoas que não têm
ninguém para pleitear a sua causa, e que se encontram desconsideradas e
abandonadas, também foram criadas à imagem de Deus. A Igreja, revestida pelo
poder do Espírito, terá de passar das palavras para ações se quer ver
realizados os propósitos de Deus. Não poderá haver maneira de fugir deste fato:
se vamos realmente servir no ministério continuado de Jesus Cristo, esse
serviço deverá seguir o exemplo do seu ministério" (HORTON, M. Horton
(Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD,
2018, p.604).
Ill - A MORDOMIA DOS
CRENTES NA IGREJA LOCAL
1. Em primeiro lugar é preciso
congregar.
É
notório o crescimento dos "desigrejados". Não temos espaço aqui para
entrar em detalhes sobre o fenômeno. Entretanto, um dos maiores perigos deste
movimento é esta falsa ideia: já que a "igreja sou eu", não preciso
frequentar os cultos regulares, nem ser membro de uma igreja local.
Ora,
não é isso o que a Bíblia ensina, mas exatamente o contrário: "não
deixando a nossa congregação, como é costume de alguns" (Hb 10.25). Quer
sua igreja local seja grande, quer seja pequena, ou um ponto de pregação,
alegre-se em orar com os irmãos, participar da ceia do Senhor, ouvir a Palavra
de Deus, compartilhar os dons espirituais e assistir aos mais necessitados.
Tenha a alegria de congregar! Ame a Cristo, o cabeça; mas ame também a Igreja,
o seu corpo.
2. Líderes cristãos como
mordomos.
Os
pastores das igrejas locais, como mordomos cristãos, têm grande
responsabilidade diante de Deus pelas almas que lhe são confiadas. Essa
responsabilidade está amparada no próprio exemplo de Jesus. Nosso Senhor
ensina-nos como cuidar das almas que o Pai nos confiou. Ele lavou os pés aos
discípulos, e ensinou: "Entendeis o que vos tenho feito? [...] Porque eu
vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também" (Jo
13.12,15-grifo meu). Aqui, está claro que nenhum líder deve comportar-se como
"maior que os outros", inacessíveis aos humildes servos do Senhor,
mas todos devem fazer parte da "irmandade da bacia e da toalha". Essa
perspectiva consciente da liderança evangélica é o mais eficaz antídoto contra
o orgulho.
3. A mordomia dos membros e
congregados.
Numa
igreja local, além dos líderes terem uma responsabilidade específica, o membro
do Corpo de Cristo deve ser útil à Obra do Senhor, exercendo a mordomia do
Reino de Deus conforme a sua capacidade. Orando, louvando, testemunhando,
evangelizando, visitando enfermos e afastados, liderando departamentos e
realizando outras atividades. É preciso trabalhar "enquanto é dia"
(Jo 9.4).
SÍNTESE DO TÓPICO III
A
mordomia dos crentes na igreja local leva em conta a necessidade de congregar,
os líderes e também os membros como mordomos do Reino de Deus.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
Há vária passagens no Novo Testamento nas quais podemos ver uma
descrição clara do que significa ser membro da igreja. Uma das seções mais
volumosas está em 1 Coríntios 12 a 14. Em 1 Coríntios 12, Paulo explica a
metáfora da igreja como um corpo com muitos membros. Em 1 Coríntios 13, ele
estabelece o amor como a atitude e a ação centrais que todos os membros devem
ter. E em 1 Coríntios 14, ele se volta à igreja em Corinto, cuja visão a
respeito do conceito de membresia está equivocada.
Alguns líderes e membros da igreja entendem o conceito de
membresia como um conceito organizacional ou ligado à administração. Por isso,
eles refutam a ideia de que sua visão seja antibíblica. Contudo, o conceito de
membresia é extremamente bíblico. A Bíblia explica 'membros' de um modo
diferente da cultura secular. Por exemplo, observe o termo em 1 Coríntios
12.27,28:
'Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular. E
a uns pôs Deus na igreja...'.
Você percebe a diferença? Os membros de uma igreja compõem o
todo e são partes essenciais do todo [...]" (RAINER, Thom S, Eu Sou Membro
de Igreja: Descobrindo a atitude que faz a diferença. Rio de janeiro: CPAD,
2018, p.25).
CONCLUSÃO
A
mordomia na igreja Local abrange muitas tarefas. Precisamos saber a nossa
vocação e perseverar nela para servir melhor ao Senhor e à sua Igreja. É um
grande privilégio servir a Deus com os dons que Ele nos deu. Portanto, seja um
mordomo fiel na igreja em que você congrega. Ame a Deus, ame ao próximo, ame à
igreja e congregue com alegria. Valorize a igreja local.
PARA REFLETIR
A respeito de "A Mordomia da Igreja Local",
responda:
1) Quem são os mordomos da
Palavra de Deus, hoje?
Pastores,
evangelistas, discipuladores e professores da Escola Dominical.
2) Qual a melhor maneira de se
exercer a mordomia da Palavra de Deus?
Uma
das melhores formas de exercer a mordomia da Palavra de Deus é evangelizar
todos tipos de pessoas (Mc 16.15,16).
3) A quem foi confiada a
grande mordomia dos dons espirituais?
A
Bíblia mostra que os dons espirituais foram confiados unicamente à Igreja de
Cristo, ou seja, aos salvos.
4) Em que está o fundamento
para a nossa prática social?
O
nosso fundamento para a prática social está nos salmistas, nos profetas, em
Cristo e nos apóstolos, ou seja, na Bíblia.
5) Que grande lição Jesus deu
aos apóstolos sobre a humildade?
Ele
lavou os pés dos discípulos de maneira humilde.